13/09/2023 12:55:00
Polícia
Polícia da Pensilvânia captura o brasileiro Danilo Cavalcante
Polícia o encontrou embaixo de pilha de madeira com a ajuda de câmeras térmicas e cães farejadores, em uma megaoperação com 500 policiais e FBI. Brasileiro escapou da prisão escalando paredes.

Câmeras térmicas, um alarme disparado sem querer, mordida de cão farejador e até raios.

As últimas horas da megaoperação da polícia da Pensilvânia para capturar Danilo Cavalcante, o brasileiro condenado à prisão perpétua que fugiu da cadeia nos Estados Unidos, foram repletas de elementos inusitados.

Cavalcante, condenado por matar a ex-namorada Débora Evangelista Brandão, estava foragido desde 31 de agosto, quando conseguiu escapar da prisão escalando paredes. Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (13).

Alarme que virou a pista principal


Toda a parte final da operação que teve como desfecho a prisão de Danilo Cavalcante começou com o alarme de um imóvel. O aviso sonoro disparou durante a madrugada dentro do perímetro onde cerca de 500 policiais faziam as buscas.

Policiais não encontraram nada no imóvel, mas isso levou a operação a focar na área.

Aviões, helicópteros, homens em terra e cães farejadores foram descolados para esse ponto e começaram uma busca mais intensa.

 

Câmeras térmicas


Uma das aeronaves utilizadas na megaoperação de busca pelo brasileiro tinha embutida câmeras térmicas, que detectam o calor humano.

Uma das câmera mostrou um ponto suspeito em uma área de vegetação baixa. Novamente, a operação se focou nesse ponto.

 

Raios


Mas outro fator inesperado mudou os rumos outra vez: uma forte tempestade, com muitos raios, atingiu a região.

O avião com câmeras térmicas teve então de recuar e pousar de volta em uma base. Equipes em terra também se mantiveram em um local seguro, mas outras aeronaves monitoraram o entorno para evitar uma fuga.

 


Madrugada interrompida


As buscas foram então interrompidas de madrugada.

No início da manhã, quando a tempestade passou, a polícia continuou investindo no ponto de calor apontado pela câmera térmica.

Rapidamente, homens em terra cercaram o local, junto de cães farejadores. Lá, cães de patrulha e policiais em terra confirmaram a hipótese e encontraram Cavalcante.

Ele estava embaixo de uma pilha de madeira, e só se deu conta da presença policial quando já estava cercado.

Neste momento, “ele tentou rastejar pela vegetação, levando o rifle roubado junto com ele”, disse o tenente-coronel George Bivens, que coordenou a megaoperação.

 

Nova fuga


Ao ver os policiais, ele ainda tentou fugir, se rastejando por uma vegetação.

“Ele ainda tentou rastejar pela vegetação rasteira, levando o rifle que tinha com ele”, disse Bivens.


Mordida de cachorro


Nesse momento, policiais soltaram um dos cães farejadores que estavam na equipe. O animal deu uma "mordida leve" em Cavalcante, conseguindo assim pará-lo sem que disparos tenham sido feitos.

O brasileiro chegou a ser atendido por um médico por conta da mordida após ser capturado, mas o ferimento foi leve, segundo a polícia.

Cavalcante foi preso em uma área de floresta perto do South Coventry, onde se suspeitava que ele estava na terça.


Durante a fuga, o brasileiro costumava se mover durante a noite. "Ele só caminhava de dia se pressionado por nossas patrulhas", disse o tenente-coronel George Bivens, que coordenou a operação.

A captura acontece no 14º dia das buscas, que envolveram uma megaoperação com 500 policiais, participação do FBI e fechamento de escolas e parques. Mesmo assim, Cavalcante, que matou a facadas uma ex-namorada e escalou as paredes da prisão para fugir, conseguiu caminhar por 38 quilômetros, roubar uma van e um rifle e trocar tiros com um morador (leia mais detalhes abaixo).

Ninguém ficou ferido durante a ação, e nenhum tiro foi disparado - autoridades temiam a possibilidade de vítimas pelo fato de que o brasileiro estava armado.

 

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