Além dos principais veículos de comunicação do País, algumas autoridades também repercutiram a Operação Caribdis, deflagrada na quinta-feira, 30, pela Polícia Federal, para investigar irregularidades nas obras do Canal do Sertão durante a gestão do então governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Em sua movimentada conta no Twitter, o procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, provocou: “Filhote da #LavaJato apura corrupção no alto escalão de Alagoas. Mais um fruto da colaboração premiada (caso Odebrecht), que alguns políticos querem tanto proibir. Por que será?”.
Esta semana, Dallagnol já havia trocado farpas com Renan Calheiros (PMDB) na rede social, depois que o senador questionou a afirmação feita por procuradores da força-tarefa de que 2018 será a batalha final da operação.
Ontem, Calheiros usou novamente o Twitter para lembrar que, “quando o procurador Dallagnol mal havia abandonado as fraldas, o Congresso promulgou a Constituição, inserindo o Ministério Público entre as funções essenciais à Justiça”.
Em nota encaminhada ao CadaMinuto nesta tarde, o diretório do PSDB destacou que o partido mantém total confiança no ex-governador e está solidário a ele, "que presidiu a legenda estadual por mais de cinco mandatos e a executiva nacional por cinco anos consecutivos".
"Bobão"
Em entrevista coletiva à imprensa nesta manhã, o superintendente da PF em Alagoas, Bernardo Torres, disse que Vilela e dois ex-assessores entre eles o ex-secretário de Infraestrutura, Marco Fireman, receberam propinas pelas obras do Canal do Sertão.
Conforme informações da Polícia Federal, o ex-governador - que era identificado com o codinome “Bobão” na planilha da Odebrecht - teria recebido R$ 2 milhões em propina. Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, os policiais federais apreenderam celulares, um notebook e documentos na casa de Vilela.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a PF a utilizar provas decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas a Odebrecht na investigação. Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) apontando sobrepreço em contrato firmado entre o Governo de Alagoas e a construtora corroboraram com as delações.
Segundo a procuradora da República Renata Ribeiro, que participou da coletiva, é de R$ 70 milhões o prejuízo estimado à obra do Canal do Sertão.
Em nota, o ex-governador afirmou não ter praticado nenhum crime e disse que a verdade será restabelecida. Ele assegurou ainda que é o maior interessado na elucidação das investigações e que continuará à disposição das autoridades para contribuir no que for preciso.
Fonte:Cada Minuto
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