23/11/2016 12:45:29
Política
Mantega depõe em SP em processo sobre Eduardo Cunha
Ex-ministro presidiu Conselho de Administração da Petrobras; segundo defesa de Cunha, Mantega negou participação de ex-presidente da Câmara em projeto que teria envolvido propina
Foto: Tatiana Santiago/G1Mantega depôe em São Paulo
G1

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, depôs na manhã desta quarta-feira (23) como testemunha de defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), na ação penal da Operação Lava Jato.


Mantega foi ouvido pelo juiz Sérgio Moro, que está em Curitiba (PR), por videoconferência. O ex-ministro chegou ao fórum da Justiça Federal de São Paulo, na região da Avenida Paulista, por volta das 9h50. Ele estava acompanhado do seu advogado e sinalizou que não iria falar com a imprensa.


A defesa de Cunha incluiu o depoimento de Mantega como testemunha pois o ex-ministro foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Preso, em 19 de outubro, Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.


A assessoria de imprensa do advogado Marlus Arns de Oliveira, que defende o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que Mantega respondeu todas as perguntas do juiz. "O ex-ministro declarou que Cunha não teve participação em Benin, e que o negócio foi aprovado por unanimidade pelo Conselho e que deu lucro", informou a defesa.


Além de Mantega, o pecuarista José Carlos Bumlai também esteve no Fórum da Justiça Federal em São Paulo. Bumlai foi condenado por Moro a 9 anos e 10 meses de prisão em um processo da 21ª fase da Lava Jato por crimes como gestão fraudlenta e corrupção passiva. Ele cumpre prisão domiciliar. Bumlai deixou o prédio poucos minutos após chegar. Segundo o advogado dele, a audiência do pecuarista está marcada para o dia 30.

 

Prisão


Guido Mantega chegou a ser preso na 34ª fase da Lava Jato, em setembro. O juiz Sérgio Moro havia decretado pedido de prisão temporária do ex ministro depois de o empresário Eike Batista declarar ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido de Mantega.


No mesmo dia, Mantega teve a prisão revogada. A mulher do ex-ministro passaria por uma cirurgia e já estava no centro cirúrgico quando o ex-ministro foi preso.


Guido Mantega foi o ministro da Fazenda que mais tempo permaneceu no cargo em governos democráticos. Ele exerceu o cargo entre 2006 e 2014, nos governos do ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

 

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