Anunciado como futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes informou nesta terça-feira (30) que o governo unificará as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior.
Paulo Guedes deu a informação em uma entrevista coletiva após participar de uma reunião no Rio de Janeiro com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como futuro ministro da Casa Civil, também participou da entrevista.
"O Ministério da Indústria e Comércio já está com a economia. O Ministério da Economia vai ter Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio", declarou Paulo Guedes nesta quarta-feira.
"A razão da Indústria e do Comércio estar próximo da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da receita ir baixando os impostos devagar se a turma da indústria e comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado. Uma orientação única", acrescentou.
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"Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos salvar a indústria brasileira apesar dos industriais brasileiros", disse.
Inicialmente, no plano de governo, Bolsonaro já havia informado que unificaria Fazenda, Planejamento e Indústria.
Mas, na semana passada, disse em uma transmissão no Facebook que, atendendo a pedidos de empresários, não uniria as três pastas.
"O Ministério de Indústria e Comércio acabou se transformando numa trincheira da Primeira Guerra Mundial. Eles estão lá com arame farpado, lama, na trincheira, buraco, defendendo às vezes protecionismo, subsídios, desonerações setoriais. Coisas que prejudicam a indústria brasileira. Em vez de lutar por redução de impostos, simplificação de impostos e uma integração competitiva na economia internacional", afirmou Paulo Guedes.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a decisão do governo, afirmando que a medida vai contra a tendência mundial.
"Tendo em vista a importância do setor industrial para o Brasil, que é responsável por 21% do PIB nacional e pelo recolhimento de 32% dos impostos federais, precisamos de um ministério com um papel específico, que não seja atrelado à Fazenda, mais preocupada em arrecadar impostos e administrar as contas públicas", afirmou na nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Atualmente, existem 29 ministérios. Bolsonaro disse, ainda durante a campanha, que reduzirá o número para 15, unindo algumas pastas.
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