O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, disse hoje (13) que não ficou “zangado” com a declaração do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que ele seria a “eminência parda” do governo federal por trás da cassação de seu mandato de deputado federal.
Após a sessão de ontem (12), Cunha responsabilizou o governo Temer por sua cassação pelo apoio dado pelo Palácio do Planalto à eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Casa.
Segundo Cunha, “todo mundo sabe que o governo hoje tem uma eminência parda e quem comanda o governo é o Moreira Franco, que é o sogro do presidente da Casa [Rodrigo Maia]. Todo mundo sabe que o sogro do presidente da Casa comandou uma articulação e fez com que fosse feita uma aliança com o PT e, consequentemente, com isso a minha cassação estava na pauta”, disse o agora ex-deputado.
Para Moreira Franco, a declaração de Cunha não faz sentido e foi dada em um momento tenso pelo qual o ex-deputado passava. “Não vou ficar zangado com ele e não vou não compreender [a atitude tomada] em um momento de grande tensão e de grande dificuldade que ele estava vivendo. Não vou ter uma outra atitude que não esta”, disse o ministro após participar do anúncio das primeiras obras do PPI.
“Toda essa teoria é fruto da percepção dele [Eduardo Cunha] e está no plano teórico. Não há nenhuma razão para ele citar meu nome. Não sou eminência parda. Ele disse que eu sou, mas eu não sou”, acrescentou.
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