O governador Renan Filho tem uma estreira relação de amizade com Paulo Dantas, filho do deputado Luiz Dantas, desde a época em que ambos eram estudantes, em Brasília.
É claro que quando a atividade política entra por uma porta, os afetos mais sentidos saem pela outra – é uma lei própria do meio.

Mas a aliança política entre as famílias de ambos se mantém e ganha relevância quando se aproxima o período eleitoral.

O problema, entretanto, é que o presidente da Assembleia Legislativa, com a saúde fragilizada, não vai mais disputar os votos do eleitorado de Batalha no próximo ano.
Por óbvio, Paulo Dantas é o candidato da família ao cargo ocupado hoje pelo pai. O que não é segredo para ninguém.

E é exatamente Paulo Dantas o nome que a família Boiadeiro aponta como responsável – injustamente ou não – pelos últimos acontecimentos trágicos no município sertanejo (ele e a prefeita Marina Dantas, sua esposa).

Os palacianos mais experientes apostam que Renan Filho pode – e deve – convencer o herdeiro de Luiz Dantas a abandonar, pelo menos por um tempo, o desejo de seguir a carreira parlamentar.

O consenso é: candidatura de Paulo Dantas, em 2018, só deve acirrar os ânimos numa disputa sangrenta, que persiste há anos – e com várias mortes.

Candidato à reeleição, tudo que Renan Filho não precisa até o pleito do próximo ano é de mais derramamento de sangue no Sertão – ou nas outras regiões controladas pelos persistentes coronéis da política local.

Resta saber a que uma ‘amizade’ resiste nessa seara.

Fonte: TNH1

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