Portaria de nº 002/2017, onde ficou proibida a permanência de Assessores, Profissionais da Imprensa e demais pessoas alheias às atividades da Câmara, no Plenário da Casa

Por: Deraldo Francisco - Jornalista

Bastante deselegante a forma escolhida pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios de afastar a imprensa do plenário da Casa, sob o pretexto de disciplinar a permanência de pessoas no recinto. Aliás, o tratamento dispensado à imprensa pela maioria dessa Legislatura tem sido a pior possível. Por aí, a gente fica imaginando o “inferno astral” que viveu o prefeito Júlio Cezar nos últimos dias, negociando com esta Mesa Diretora.

Mas, no lado que interessa à imprensa – este sim, nos importa muito – vai daqui o nosso repúdio veemente ao texto da Portaria 002/2017 assinada pelo presidente Júnior Miranda. Ao passo em que corrige a palavra IMPRENSA que, na portaria da discórdia foi grafada IMPRESSA. Estão erradas, presidente: a atitude e a grafia. Os profissionais de imprensa têm livre acesso ao plenário desde que estejam vestidos adequadamente e não prejudiquem o andamento dos trabalhos dos ilustres vereadores. É assim no Brasil. E Palmeira dos Índios é Brasil, não é?.

O texto usa de forma equivocada o termo “proibir” num dos países mais democráticos do mundo. Alertamos ao presidente e seus colegas membros da Mesa Diretora que a Câmara é “a casa do povo” como, com toda hipocrisia do mundo, eles mesmos dizem isso na tribuna.

De fato, consideramos que deve haver uma disciplina no interior do plenário, mas, repórteres-fotográficos e cinematográficos serão os mais prejudicados com essa medida segregadora e autoritária da Mesa Diretora da Câmara.

Lembramos ao senhor presidente que a imprensa é o elo entre as instituições, os poderes, as autoridades e a sociedade. É necessária uma relação harmoniosa e de respeito entre as partes. Imprensa respeita político e político respeita a imprensa. Pelo menos, o trabalho da imprensa.

Desta forma, o diálogo com os profissionais de imprensa que atuam em Palmeira dos Índios independentemente de lado, cor ou bandeira não começou bem. Aliás, começou da pior forma possível. Mas, acreditamos nas coisas e nas pessoas. E que tudo se conserta. Sempre há tempo de fazer o bem...o correto.

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