O prefeito interino de Canapi, Genaldo Soares Vieira, moveu uma ação que resultou no afastamento do prefeito Celso Luiz. Agora, ele mesmo poderá ser afastado pelo mesmo motivo que é o pagamento das supostas pendências no repasse do duodécimo da Câmara de Vereadores no valor de R$ 355.799,32 (Trezentos e cinquenta e cinco mil, setecentos e noventa e nove reais com trinta e dois centavos). A presidência da Câmara de Vereadores deu um prazo de apenas 24hs para que Vieira resolva a pendência.
O presidente da Câmara, Luciano Malta informou que foi protocolado e enviado o ofício manhã da terça-feira (18), para a secretaria de governo. Vale ressaltar que, as supostas pendências nos repasses do duodécimo da Câmara de Vereadores não chegaria, antes, a R$ 89 mil reais.
Mas, agora, a presidência da Câmara cobra o valor denunciado e confessado por Genaldo Vieiria segundo consta no Documento/Oficio nº86/2016 protocolado junto a Secretaria Municipal de Governo, ou seja, de R$ 355.799,32, por se trata de uma confissão de dívida feita pelo próprio prefeito interino conforme consta nos autos do processo nº 0700313-61.2016.8.02.0022, em tramitação na Comarca de Mata Grande.
Vieira está a 19 dias assumindo pela segunda vez o comando do município interinamente e terá agora que responder por algo que ele mesmo se utilizou para pedir o afastamento do prefeito Celso Luiz na justiça, ou seja, as supostas pendências no repasse do duodécimo da Câmara de Vereadores.
Portanto, Genaldo Vieira tem menos de 24h, a contar da data do recebimento (18/09), para fazer o repasse da quantia mencionada em “confissão de dívida”, sob pena de afastamento provisório, conforme ocorreu com o prefeito Celso Luiz.
E, o juiz da comarca João Dirceu já mostrou o quanto é eficiente, ao julgar tantos processos contra um único gestor com tamanha agilidade em plena campanha eleitoral.
Fato que gerou grande polêmica entre os munícipes e que para alguns, principalmente para os eleitores e correligionários do prefeito afastado, teria influenciado radicalmente na decisão do eleitorado no decorrer da campanha e no dia das eleições.
Contudo, há os que afirmam que tais comentários seriam dos que não conseguiram sair vitoriosos no último pleito. Afinal, a justiça é para todos.
E, mesmo sendo o magistrado uma autoridade a ser respeitada, sua conduta profissional também é analisada. Para isso, existe o Conselho Nacional de Justiça, a Corregedoria da Justiça, que estão para receber denúncias e, se necessário, abrir um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em desfavor do magistrado.
Tentamos entrar em contato com o prefeito interino, mas não obtivemos resultado. Procuramos também entrar em contato com o juiz João Dirceu, ligando inclusive para a Assessoria da Almagis (Associação dos Magistrados de Alagoas), para que pudessem informar o contato do magistrado, mas até o fechamento da matéria não conseguimos retorno.
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