Tornar o ambiente dentro das ambulâncias limpo e seguro é necessário para que se evite infecção por bactérias e vírus, tanto dos socorristas como das pessoas atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). E para assegurar que todas as viaturas e materiais utilizados durante um atendimento passem por um processo correto de higienização, Alagoas foi o primeiro estado brasileiro a criar a Comissão de Controle de Infecção Pré-Hospitalar.
Ela estabelece as normas e padrões para higienização que devem ser seguidos após cada atendimento realizado pelas Unidades de Suporte Avançado (USA) e Unidades de Suporte Básico (USB). Com isso, foram estabelecidos dois tipos de procedimentos utilizados para a limpeza das ambulâncias.
O primeiro procedimento é feito após as viaturas retornarem das ocorrências, elas são levadas para um dique, onde são higienizadas para limpar, organizar e eliminar os resíduos, como sangue e outras secreções. O outro tipo é a limpeza terminal, um procedimento mais completo, que inclui todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas das ambulâncias.
Todo esse trabalho, segundo o supervisor do Samu, Marcos Ramalho, é monitorado por uma comissão, formada por um médico, enfermeiro, farmacêutico, técnicos de enfermagem, além de um representante administrativo e membros executores. “Essa comissão assegura a total higienização dos equipamentos utilizados nas ocorrências, assim como, da superfície das viaturas. É dessa forma que garantimos um ambiente livre de microrganismos que possam causar algum dano aos nossos profissionais e usuários”, salientou.
Em todo o trabalho de higienização é utilizado material específico para assegurar a qualidade do serviço, segundo Edivânia Salvador, enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Pré-Hospitalar do Samu. “Para fazer os dois procedimentos de higienização, utilizamos o quaternário de amônio, que oferece segurança aos profissionais que fazem serviço e não corrói a estrutura da ambulância. É com esse produto que limpamos diariamente macas, pranchas, portas, piso, teto e o mobiliário interno para o armazenamento dos materiais durante a higienização”, informou.
A limpeza terminal é feita, ainda de acordo com Edivânia Salvador, quando, após uma ocorrência, a viatura fica suja de sangue ou algum fluído corporal, que pode ser vômito, ou fezes, por exemplo. “Nesses casos, primeiro é retirado o excesso dessas substâncias com papel toalha, desincrustaste e, depois, finalizamos com o quaternário de amônia, um desinfetante hospitalar. Além da higienização terminal feita nessas situações, também organizamos um cronograma e, no mínimo uma vez por semana, essa limpeza mais minuciosa é realizada”, explicou a enfermeira, ao informar que, desde a implantação da comissão, já foram realizadas 446 limpezas terminais e 5.532 limpezas concorrentes.
Centro de Material e Esterilização – Para completar a limpeza e garantir a total segurança do ambiente dentro das ambulâncias do Samu, os materiais que são reutilizáveis também passam por um processo de higienização no Centro de Material e Esterilização (CME). Todos os processos de limpeza, desinfecção e esterilização realizados, seguem a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº15 de 2012, expedida pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa).
“No CME são processados os materiais utilizados após cada ocorrência, como colar cervical, tala para imobilização de membros superiores e inferiores, além das máscaras de oxigênio. Os materiais são colocados em uma solução enzimática para fazer a limpeza, depois passam para uma solução com desinfetante hospitalar e são lavados em água corrente. Depois dessas etapas, os técnicos de enfermagem que trabalham no CME embalam, selam os materiais e fazem a entrega dos equipamentos para serem repostos nas ambulâncias”, explicou Edivânia Salvador.
Fonte: Agência Alagoas
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