Durante seis meses, pacientes do Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy (CPJ) receberam um tratamento diferenciado. Nesse período, estudantes do curso de Terapia Ocupacional (TO) da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) desenvolveram diversas atividades com foco no relacionamento interpessoal dos pacientes.
O trabalho promovido naquela unidade, situada no sistema prisional, em Maceió, foi possível graças a uma parceria da Uncisal com a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que abraçou a ideia. Após a culminância do projeto nesta semana, o chefe do CPJ, Élder Rodrigues, ressaltou os benefícios gerados para melhorar autoestima dos internos.
"Os pacientes aproveitaram o máximo os encontros semanais. Constatamos avanços nos quesitos autoconhecimento, expressão corporal e comunicação. Em 2017 daremos continuidade ao trabalho", afirmou Rodrigues. O gestor afirmou ainda que um paciente da unidade que é fisioterapeuta e terapeuta ocupacional foi autorizado judicialmente a exercer seu ofício no CPJ.
Orgulhosa dos resultados alcançados, a professora do curso de TO da Uncisal, Mara Cristina Ribeiro, destacou a afetividade dos pacientes. "A nossa avaliação foi muito positiva. Percebemos que laços afetivos foram estabelecidos, não só entre pacientes e alunos, mas também entre eles. Muitos não sabiam os nomes dos outros internos. Hoje eles se conhecem e têm a curiosidade de se relacionar com os outros", ressaltou.
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