05/01/2017 09:15:29
Turismo
Turismo sustentável cresce em AL e atrai visitantes de todas as partes do mundo
Ações além de preservarem a fauna e a flora local, geram empregos e renda
Foto: Jannyne BarbosaAlagoas está presente no Mapa da Sustentabilidade sendo representado pelas piscinas naturais de Maragogi
Agência Alagoas

Não se pode pensar nas belezas naturais apenas como um atrativo para os visitantes, também é fundamental que o destino apresente as condições adequadas e atenda a todos os requisitos necessários de preservação ambiental.

Nesse contexto, a Organização Mundial do Turismo (OMT) designou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável e visa ampliar a compreensão e a conscientização da importância do turismo no compartilhamento do patrimônio natural e cultural, assim como na geração de emprego e renda.

O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA), promove e apoia atividades que incentivam o turismo sustentável.

“Não basta apenas apresentarmos atrativos de beleza única, é preciso que capacitemos o destino para que se torne autossustentável e que preserve tudo o que a natureza oferece. A conscientização de todos os atores envolvidos no turismo é de grande relevância. Trabalhamos para que o segmento em Alagoas cresça não apenas economicamente, mas também no que diz respeito à preservação ambiental”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Helder Lima.

Ascom IMA

Em 2015, o Ministério do Turismo (Mtur) apresentou o Mapa da Sustentabilidade, uma ferramenta que apresenta aos turistas destinos que avançam na implementação de boas práticas para a sustentabilidade do segmento. Alagoas está presente nesse mapa, sendo representado pelas piscinas naturais de Maragogi.

As piscinas foram incluídas por garantir a conservação dos recifes coralígenos e de arenito, preservando a sua fauna e sua flora, além de ordenar o turismo ecológico, científico, cultural e as atividades econômicas da região, enquadrando-as nos critérios de conservação ambiental.

A presidente do Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau, Vergínia Stodolni, exaltou o trabalho feito e comemorou os resultados obtidos.“O trabalho que vem sendo feito aqui é sensacional. Em 2008, as piscinas naturais recebiam 2500 pessoas por dia, muitas vezes sem nenhuma fiscalização, o que somente desgastava a região. Hoje, reduzimos o número de visitantes para 720, entre turistas e tripulantes, além de termos implantado um sistema de rodízio de barcos. Todas as soluções foram pensadas em grupo, envolvendo todos os atores do turismo local. As piscinas fazerem parte do Mapa de Sustentabilidade do Turismo é uma grande honra”, disse Vergínia.

Outro exemplo da união entre sustentabilidade e turismo em Alagoas é o projeto Artesanato Sustentável, parceria entre Sedetur e IMA, que tem como foco o manejo sustentável da madeira utilizada na produção artesanal do povoado da Ilha do Ferro, no município de Pão de Açúcar.

Ascom IMA

Considerado o celeiro do artesanato em madeira, o povoado possui a maior concentração de artesãos por metro quadrado no Estado. Devido à utilização da madeira na confecção das peças, a ação pretende estabelecer o manejo sustentável, adequando os artesãos aos procedimentos legais de utilização da matéria-prima.

“O artesanato de Alagoas tem forte representatividade no cenário de desenvolvimento econômico, responsável pela geração de renda para centenas de famílias. Saber unir crescimento econômico e sustentabilidade é algo de suma importância atualmente”, ressalta a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos.

Alagoas possui ainda unidades de conservação da natureza abertas para visitação, como a Reserva Mata da Onça, também em Pão de Açúcar e organizada pela Sociedade Socioambiental do Baixo São Francisco Canoa de Tolda. A reserva conta com o envolvimento da comunidade na preservação ambiental e reúne e protege espécies da região, além de recuperar a biodiversidade da caatinga do baixo São Francisco.

“Cultivamos toda fauna e a flora que vive no semiárido do baixo São Francisco para que consigamos mantê-las vivas por mais tempo. Para isso, realizamos atividades de turismo de natureza e de turismo educacional, que movimentam a economia de toda a vizinhança. Recebemos constantemente universitários para conhecerem o projeto e visualizarem o valor que existe por aqui.”, disse o presidente da Sociedade Socioambiental Canoa de Tolda e gestor da reserva, Carlos Eduardo Ribeiro Júnior.

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