A autenticidade da fé em Jesus nos leva necessariamente às periferias do mundo, leva-nos ao abraço fraterno e solidário dos irmãos e irmãs que não são apenas pobres, mas empobrecidos, oprimidos e excluídos por um sistema desumano. Em seu tempo histórico, Jesus nos revelou Deus a começar pelos pequenos, fazendo destes os prediletos do Reino de Deus (cf. Evangelho segundo São Lucas 4, 18-19).
A crença que nos leva para longe dos empobrecidos, dos marginalizados, dos que sofrem e são condenados a morrerem antes do tempo, é a crença, a fé do Império, não é a fé em Jesus, menos ainda a fé de Jesus.
O padre peruano Gustavo Gutiérrez nos recorda na "Força histórica dos pobres" que há reflexões baseadas na vivência mais profunda e mais atual das comunidades cristãs latino-americanas as quais lutam no seio do seu povo, dão testemunho, celebram e aprofundam uma fé encarnada na trágica e rápida evolução do continente e respondem aos desafios de toda a sorte. O teólogo, a teóloga participa da mesma luta, recolhendo e procurando expressar essas experiências e sua mensagem sempre nova e viva. Assim diz o Senhor, "em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Evangelho segundo São Mateus 25, 40).
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