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Os 25 municípios com mais habitantes de Alagoas concentram 88% da perspectiva de aumento populacional apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa divulgada ontem (30) e traz números nacionais em relação ao ano de 2017.
Segundo o IBGE, Alagoas tem população estimada em 3.375.823 habitantes, um aumento de 16.860 habitantes em relação ao levantamento feito no ano passado. Pouco mais de 14 mil habitantes estão nas 25 cidades mais populosas do estado.
Maceió, com 1.029.129 habitantes, foi a cidade que mais apresentou crescimento populacional, foram 7.420 a mais em relação ao ano passado. Arapiraca tem 1.514 habitantes a mais, com total de 234.185.
Na lista ainda figuram os municípios de Rio Largo, Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Penedo, São Miguel dos Campos, Campo Alegre, Coruripe, Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro, Santana do Ipanema, Atalaia, Teotônio Vilela, Girau do Ponciano, Pilar, São Luís do Quitunde, São Sebastião, Maragogi, São José da Tapera, Limoeiro de Anadia, Murici, Traipu, Boca da Mata e Porto Calvo entre os mais populosos.
“ENCOLHERAM”
Outro detalhe curioso na pesquisa é que 22% dos munícipios tiveram encolhimento populacional. Uma tendência observada nacionalmente. Conforme o IBGE, 24,7% dos 5.570 municípios brasileiros tiveram taxas geométricas negativas. As cidades de Maravilha e Taquarana foram as que mais apresentaram redução populacional, 170 e 108, respectivamente.
Apenas a cidade de Mata Grande permaneceu com a mesma quantidade de habitantes que em 2016, foram 25.589 nos dois levantamentos.
A taxa de variação populacional no estado ficou em 0,5% de 2016 para 2017, abaixo da média nacional que foi de 0,77%. A população brasileira estimada em 2017 é de 207.660.929 habitantes, de acordo com o Instituto.
Mesmo assim, conforme o IBGE, ao longo dos anos o país tem apresentado desaceleração do crescimento da população. Projeções indicam que em cerca de 30 anos haja o início de encolhimento da população.
Economista diz que cidades precisam se preparar para mudanças urbanas.
As estimativas são consideradas para questões importantes como número de vereadores ou como um dos critérios no cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O economista Emanuel Lucas de Barros explica que o reforço populacional nas 25 cidades mais habitadas do estado precisa ser encarado sob a perspectiva do planejamento econômico e político.
“Para o caso dos municípios alagoanos, no longo prazo, este aumento populacional poderá representar modificações na estrutura política desses e, ainda, modificações dos repasses de recursos federais. Além disso, os municípios precisam se preparar para as mudanças urbanas que o aumento da população representa, pois as grandes cidades enfrentam graves problemas de habitação, com construção de casas em áreas inapropriadas como encostas e regiões sem saneamento básico”, aponta.
De acordo com o IBGE, a desaceleração populacional ocorre pela redução da taxa de fecundidade. Segundo o economista, países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, apresentam crescimento populacional acentuado, mas neste caso é preciso avaliar quais fatores compõem os índices locais.
“Neste sentido, o aumento da população indicado pelas estimativas do IBGE precisa ser observado com cautela, no sentido de tentar entender quais fatores levaram a este aumento populacional”, reforça.
Fonte:Tribuna Hoje
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