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Dados divulgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na segunda (18), mostram que a maioria das delegacias de Alagoas não têm número suficiente de servidores para exercer atividades como investigações.
O estado tem 122 delegacias, segundo o levantamento, e o CNMP visitou 120 durante o segundo semestre de 2016. Destas, apenas 9 tinham quantidade adequada de pessoal. Esse número representa apenas 7,5% do total.
O estudo não detalha, porém, o quadro de funcionários encontrado durante o levantamento e o que falta para ser considerado ideal. Também não foi informado quais delegacias não foram analisadas.
Estrutura
45 das delegacias analisadas possuem cela de custódia ou carceragem. 25 delas foram avaliadas como péssimas (55,56%); 14 como regulares (31,11%), 5 como boas (11,11%) e apenas 1 como ótima (2,22%).
Ainda sobre essas 45 delegacias, 5 disseram possuir presos condenados com trânsito em julgado. Isso significa que, teoricamente, esses detentos não estão cumprindo pena no Sistema Prisional e sim, nessas delegacias. Outras 6 informaram possuir presas mulheres, 2 tiveram fuga de presos e 1 registrou morte de detento.
Ainda sobre o quesito estrutura, das 120 delegacias analisadas no estado, 69 disseram ter objetos apreendidos há mais de um ano.
Contudo, apenas 58 delegacias informaram possuir depósito de bens. Dessas, só 8 têm estrutura adequada para essa função. 80 unidades disseram ter veículos apreendidos armazenados, mas só 6 apresentavam condições de armazenamento adequadas.
Inquéritos
O mesmo estudo mostra que, em Alagoas, 68 delegacias tinham inquéritos em tramitação há mais de dois anos até o segundo semestre do ano passado. Em 17 delas, houve casos de ocorrências investigadas sem que fossem instaurados inquéritos policiais ou termos circunstanciados.
Esse resultado deve-se também à carência de delegados. Um outro levantamento, desta vez feito pela Federação Nacional dos Delegados de Polícia, mostra que o estado tem, atualmente, 143 delegados, mas ainda faltam 64 para completar o quadro da ativa. O deficit é de 40%.
Como há municípios que não possuem delegados, alguns deles acumulam mais de uma delegacia. De acordo com o Sindicato dos Delegados de Polícia de Alagoas (Sindepol-AL), há casos em que um mesmo delegado atua em até cinco cidades, o que prejudica do registro de alguns tipos de ocorrência até o andamento de inquéritos.
Os dados divulgados pelo CNMP nesta segunda foram compilados pela Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública do CNMP.
Fonte: G1
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