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O turismo é uma atividade associada ao descanso, à diversão, ao acesso à cultura e à natureza. Mas para as pessoas portadoras de deficiência esta é uma atividade ainda com enormes restrições e, na maioria das vezes, absolutamente inacessível. No programa Escola Viva desta semana, os telespectadores da TVE Alagoas vão conhecer o curso de extensão em guiamento inclusivo do Instituto Federal de Alagoas (IFAL). A atração vai ao ar de segunda (5) a quinta (8), apenas às 15 horas, devido ao horário político.
A iniciativa de criar o curso de extensão em guiamento inclusivo do Ifal partiu de duas alunas do curso de Gestão em Turismo do Instituto e pretende contribuir para favorecer a inclusão social dos portadores de deficiência visual que utilizam serviços turísticos. Para falar sobre o curso, Anete Carvalho conversa com Valéria Goia, professora do Ifal, responsável pela disciplina de Turismo Inclusivo, e com a aluna bolsista do programa Monique Moraes.
Um levantamento realizado pelo Ifal, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), demonstrou que, apesar de mais de 90% dos pontos turísticos de Maceió estarem acessíveis para pessoas com deficiência física ou motora, apenas 27% desses locais estão aptos a receber pessoas com deficiência visual e apenas 18% deles são acessíveis para pessoas com deficiência auditiva. Desde maio deste ano, cerca de 70 profissionais e estudantes da área de Turismo estão passando por aulas de Guiamento Inclusivo no Campus Maceió, do Ifal. São aulas na área de legislação, além de apontamentos sobre o perfil e a elaboração de roteiros turísticos para cegos.
Dados oficiais
Em 2013, o Ministério do Turismo divulgou os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada nos cinco maiores destinos emissores de turismo doméstico do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. De acordo com a pesquisa, entre os fatores que motivam as pessoas com necessidades específicas a viajar estão “conhecer novos lugares, novas culturas, ver novas paisagens”, “visitar parentes e familiares”, “conhecer um lugar famoso ou inusitado”, “descansar e se divertir” e “trabalhar”.
Entre os fatores de decisão considerados por este turista na hora de planejar uma viagem estão “hotéis com acessibilidade e quartos e banheiros adaptados às especificidades de usuários de muletas, andadores, cadeira de rodas, cegos ou surdos, com baixa visão ou audição, ou com restrição de mobilidade, “eventos culturais e artísticos”, “comércio local próximo ao hotel e também com acessibilidade e adaptações”, “transporte público acessível”, “presença de intérpretes de libras nos locais mais necessários”, “gastronomia típica” e “paisagens naturais”.
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