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Familiares de jovens desaparecidos em Alagoas em novembro e dezembro deste ano fazem um apelo por notícias sobre os paradeiros deles. Angustiados, esses pais e mães tiveram que encarar o primeiro Natal sem a companhia dos filhos.

É o caso do autônomo Albério Bandeira da Silva, pai do Allan Teófilo, 28. No dia 23 de novembro ele saiu de casa para jogar bola com os amigos em Satuba, pegou um atalho por um canavial e não deu mais notícias desde então.

“Hoje a gente não quer nem lembrar que é Natal, porque não tem motivo para festejar. É uma noite de nascimento a gente está perdendo as esperanças. A vida da gente está reduzida a isso, um mês na escuridão, sem saber o que fazer”, lamenta Silva.

A mãe do jovem, a também autônoma Deise Teófilo Ratis da Silva, conta que sempre procura ajuda nas redes sociais para tentar achar um sinal do paradeiro do filho, e cobra mais ajuda das autoridades policiais.

“Estão ajudando como podem, orando, rezando. Eu só quero o meu filho vivo. Não peço nada de presente como os outros. Meu melhor presente, renasceria minha vida, a da minha família, seria meu filho aqui com a gente, vivo”, diz Deise.

Esse também é o desejo da comerciante Ana Catarina da Silva, mãe do jogador de basquete Alysson Rodrigo, 29, desaparecido há 9 dias. Ele havia saído de um jogo quando foi abordado próximo à Praça da Faculdade, no bairro do Prado, e levado por dois homens armados.

“O que eu queria era meu filho, seria meu maior presente hoje. Não sei onde ele está, se está vivo, se está morto, mas eu queria saber. Nenhuma notícia, nenhuma. E quando ligam, é trote. O policial vai e não encontra. Faço esse apelo, para que as pessoas entendam o desespero de uma mãe”, afirma Ana.