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Nos últimos cinco anos, Alagoas já registrou 198 casos de vítimas fatais de descarga elétrica, segundo dados dos Instituto Médico Legal (IML) de Maceió e Arapiraca divulgados nesta quinta-feira, 05. Perito criminal alerta sobre os perigos da manipulação despreparada.

De acordo com a assessoria do IML, os anos que mais se registraram mortes foram em 2013 e 2014, com 45 vítimas, 2015 foram 32 e em 2016 foram 35. Neste ano, já foram registradas 41 mortes devido a choques elétricos.

O alerta vem depois que três pessoas da mesma família morreram devido a um acidente provocado por um fio condutor de energia elétrica que se estendia preso através de pregos, desde a parte interna da residência, por cima de uma parede, até o muro na parte dos fundos. Um destes pregos servia também para apoio de um varal de roupas composto por um arame farpado e um arame metálico. Com o esforço mecânico do fio condutor no prego houve um desgaste da camada de isolação fazendo com que o prego, e o varal, ficasse ambos energizados com a rede 220V.

Segundo o perito Charles Mariano, a rede elétrica, apesar de fazer parte das nossas vidas, é extremamente perigosa quando manipulada por leigos e quando existe negligência, imprudência e/ou imperícia. O perigo maior é a perda da vida humana em acidentes domésticos e na indústria.

“Quando a primeira vítima, por algum motivo, tocou no varal ficou submetida ao potencial de 220V e causou um curto-circuito para a terra que circulou pelo seu corpo, vindo a falecer por eletroplessão [descarga elétrica]. A segunda e a terceira vítima, provavelmente, na agonia de tentar salvar, tocaram no varal e/ou na vítima, sendo submetidas a mesma condição fatal.” disse o perito.

Segundo o perito, acidentes como esse podem ser evitados. Basta aplicar os mínimos cuidados de segurança, para os riscos serem minimizados ou até mesmo eliminados. “O responsável do imóvel deve sempre contratar profissional especializado para realizar as instalações elétricas. Jamais utilizar varais metálicos próximos à rede elétrica. E numa fatalidade, nunca tocar na vítima, e sim desligar o disjuntor geral do imóvel, seja, residência, indústria, ou comércio.” Recomendou o perito Charles Mariano.

Fonte:ASCOM IML