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26/10/2016 22:45
Alagoas
Mutum de Alagoas será reintroduzido na natureza em menos um ano
Grupo de trabalho deverá construir plano estadual de reintrodução da ave, que, atualmente, só existe em cativeiro
Em seis anos, o Mutum aumentou de 60 para 200 espécimes, e em setembro de 2017, será reintroduzido na natureza / Divulgação
Agência Alagoas

O pássaro Mutum de Alagoas já tem data para ser reintroduzido no Estado: setembro de 2017. A espécie, que não existe mais no meio ambiente, conta com a ação de uma equipe multidisciplinar que aguarda apenas a publicação, em Diário Oficial, do grupo de trabalho, para que seja criado o plano estadual de reintrodução.



O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira (26), pelo coordenador do Instituto de Proteção ao Meio Ambiente (IPMA), Fernando Pinto, e o diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente, Gustavo Lopes, que colocou toda a estrutura do órgão ambiental à disposição do projeto.



“Esse é um dos mais importantes projetos existentes hoje, o de reintrodução de uma espécie na natureza, e nós vamos dar total apoio. Nossas equipes de Gestão de Fauna e de Educação Ambiental estão à disposição e estamos dispostos a contribuir com o que for necessário”, comentou Gustavo Lopes.



Além do IMA e do IPMA, o grupo de trabalho será formado por representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Ministério Público Estadual (MPE), Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e pela Cooperativa dos Usineiros.



Segundo Fernando Pinto, em setembro serão reintroduzidos entre três e seis casais na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do Cedro, localizada no município de Rio Largo. Mas, antes disso, a partir de fevereiro, deverá ser inaugurado um viveiro onde as pessoas poderão conhecer a ave.



“O local para a reintrodução foi aprovado pelo professor Luis Flávio Silveira, da Universidade de São Paulo (USP), que passou 15 dias aqui verificando se havia alguma área favorável”, comentou Fernando Pinto.



O coordenador do IPMA disse ainda que, nos últimos seis anos, o Mutum aumentou de 60 para 200 espécimes. O maior problema da reintrodução é a caça. “O caçador pode destruir em um dia o trabalho de 30 anos”, disse.



Após a publicação no Diário Oficial, o grupo de trabalho deverá se reunir e construir o plano, com todos os papéis e responsabilidade definidos.

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