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A eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência, neste domingo, 28, terá reflexos no modo de fazer política em todo o país.
Governadores de estados do Nordeste, que votaram contra o presidente eleito, devem ter mais dificuldades para a “abrir” as portas dos ministérios em Brasília.
O governador reeleito de Alagoas, Renan Filho (MDB), terá pela frente o desafio de tocar a gestão pelos próximos quatro anos na “oposição”.
Por melhor que estejam as finanças do estado, é provável que o governador promova, desde já, corte de gastos, onde for possível.
Economista, Renan Filho conseguiu neste primeiro governo fazer o dever de casa, a partir de “leituras” do cenário econômico do país.
A essa altura não é segredo para ninguém as mudanças que o governo Bolsonaro promoverá na economia, reduzindo o tamanho do Estado. Alagoas deve seguir o mesmo caminho. Não por uma questão política, mas de sobrevivência econômica.
A reforma administrativa que Renan Filho deverá anunciar nas próximas semanas, dando a cara do próximo governo, que começa oficialmente em 1 de janeiro, também deve diminuir a máquina pública do Estado, com a redução no número de secretarias.
No novo cenário, a bancada federal de Alagoas terá papel importante para fazer a ponte entre o Palácio dos Palmares e o Palácio do Planalto.
Assim, devem ganhar mais força no governo de Alagoas deputados federais eleitos da base de Renan Filho que declararam voto em Bolsonaro no segundo turno (Marx Beltrão, Nivaldo Albuquerque e Sérgio Toledo).
Não custa lembrar que o governador Renan Filho sempre foi pragmático. Mesmo tento declarado voto em Haddad, deve buscar – por necessidade – o diálogo com o governo central.
Seja como for, Renan Filho preparou Alagoas para o novo governo central. O Estado tem reservas financeiras de mais de R$ 1 bilhão, o suficiente para dar continuidade as obras e projetos que já estão em execução, mas não para iniciar novas grandes obras sem ajuda federal.
“Em qualquer cenário eu digo que Alagoas está preparada para enfrentar o desafio e seguir avançando”, afirma o governador.
Agora é esperar a “poeira” baixar e ver como as coisas vão se encaixar. E claro, torcer, para que Alagoas não “sofra” qualquer tipo de retaliação de cima para baixo.
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