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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (15), uma operação em cumprimento a diversos mandados judiciais na capital alagoana. Um dos alvos da força-tarefa é um condomínio fechado. A assessoria de comunicação, por sua vez, não confirmou se os trabalhos têm relação com a operação nacional que combate vários crimes na Caixa Econômica Federal (CEF), em cidades do Paraná, Santa Catarina e Paraíba. A ação, batizada de "Duas Caras", mira uma quadrilha que fraudava cartões e roubava dinheiro de contas poupança de clientes do banco.
O esquema contava com a ajuda de um funcionário da Caixa. Ao todo, foram expedidos 56 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão, seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária, seis de sequestro de bens e um mandado de suspensão do exercício da função pública por equiparação.
Entre os crimes, estão furto qualificado, estelionato qualificado, peculato, que é quando um funcionário público se apropria de valor ou bem público, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa.
No Paraná, os mandados estão sendo cumpridos em Curitiba, Colombo, Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos e Guaratuba; em Santa Catarina, em Palhoça; e na Paraíba, em João Pessoa.
Como funcionava o esquema
O funcionário que facilitava o esquema, de acordo com a PF, pesquisava e identificava contas poupança de clientes com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas. Ele repassava os dados dos ao líder do grupo criminoso.
Por sua vez, o líder solicitava a emissão de documentos falsos e complementava os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões.
Na sequência, os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a "falsa" perda do cartão para gerar outro.
Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios também com o uso de documentos falsos. Depois, os criminosos faziam uma série de saques nos caixas eletrônicos, compras em débito automático e saques e transferências na boca do caixa até que o dinheiro nas contas se esgotasse.
O nome da operação
O nome da ação é uma referência a atuação do funcionário da Caixa investigado, que "age de um jeito ou de outro dependendo com quem está", ainda conforme a PF.
Funcionário da Caixa preso por facilitar outro esquema
Um funcionário da Caixa foi preso em flagrante na manhã da última terça-feira (12) no bairro Tatuquara, em Curitiba, suspeito de facilitar um assalto em uma agência bancária que fica no mesmo bairro, em maio do ano passado.
Segundo a PF, o homem avisava aos ladrões sobre as quantias de dinheiro armazenadas nos caixas e sobre o momento adequado para o roubo na agência, que era sempre após o expediente. Em um dos roubos, os ladrões levaram R$ 208 mil.
Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa dele e apreenderam uma arma com documentação irregular.
Fonte: Gazetaweb.com
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