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O Programa de Educação Emocional e Social, resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), Prefeitura de Arapiraca e organização Inteligência Relacional, deu início a uma nova e importante fase na transformação comportamental dos arapiraquenses.

De 27 a 29 de setembro, uma formação em Educação Socioemocional foi voltada especialmente para profissionais da Secretaria de Assistência Social (Semas), tais como psicólogos e assistentes sociais, como também equipes de Anjos da Paz, da Seprev, e demais pessoas envolvidas no programa.

Na ocasião, puderam dialogar sobre o papel da família no despertar da autoestima, do diálogo e do perdão. Uma tríade que embasa os relacionamentos humanos saudáveis, em especial, entre pais e filhos.

As consultoras pedagógicas da Inteligência Relacional, Rosângela Rosa e Domitila Gonzaga, formaram 54 educadores socioemocionais para atuarem com as famílias dos nove territórios em que estão presentes os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) em Arapiraca.

O superintendente estadual da Criança e do Adolescente, Ronaldo Targino, afirmou que os futuros encontros promovidos com todas as famílias serão uma extensão fundamental da Educação Emocional e Social no município.

“A criança passa boa parte do tempo na escola, mas o resto do tempo está em casa. Se ela chega a sua casa e a família desfaz o que foi feito na escola, a gente não sai do lugar. A ideia é levar mais conteúdo para os Cras, que hoje compreende uma totalidade de, aproximadamente, 6 a 8 mil famílias, e integrá-las ao processo que está acontecendo nas escolas, para que elas também possam aprender um pouco sobre Educação Emocional e Social”, explicou Ronaldo Targino.

O objetivo, já em andamento com a formação de educadores socioemocionais, é adequar o programa à realidade de cada Cras de Arapiraca, no intuito de não só auxiliar as crianças e os professores que passaram por capacitação a lidarem com as suas emoções, mas, também, as famílias.

A secretária municipal de Assistência Social, Anádja Gomes, felicitou o pioneirismo de Arapiraca, por meio da Secretaria Municipal de Educação, pela ousadia e sensibilidade de implantar um programa que definiu como “necessário e apaixonante”.

“Eu acredito muito em um trabalho como esse. A política nacional de assistência e o nosso Sistema Único de Assistência Social (Suas) tem como foco as famílias, o trabalho socioeducativo com elas. Por intermédio da Educação Emocional e Social conseguiremos empoderá-las de seus direitos e deveres ainda mais e, a partir daí, participar de movimentos emancipatórios”, disse Anádja Gomes.

Perspectivas

Nesta quinta-feira (29), os participantes finalizaram a capacitação com uma oficina para arquitetar como a Educação Emocional e Social será aplicada em cada Cras, considerando as particularidades de cada unidade.

A assistente social Rainilda Batista Sales, que trabalha na coordenação da Proteção Básica responsável pelos Cras, disse estar “extremamente motivada” a executar o trabalho como educadora socioemocional. “Vi que a equipe que está à frente da capacitação em Educação Emocional e Social é comprometida, assim como pude perceber também em todos os participantes”, disse.

“Todos nós saímos desse momento repensando nosso comportamento profissional e pessoal. E isso é muito importante. Sinto que teremos resultados excelentes e que todas essas famílias ganharão muito em qualidade de vida”, completou a assistente social.

Para finalizar a Formação Inicial, foi entregue um kit com material pedagógico da metodologia Liga Pela Paz, para a realização dos encontros com as famílias.