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09/09/2016 22:00
Alagoas
Projeto Jovem Cidadão capacita 1.200 pessoas de 70 municípios alagoanos
Segunda fase do projeto foi concluída em cerimônia realizada nesta quinta-feira (8), no Centro de Cultural e de Exposições Ruth Cardoso
Iniciativa tem potencial para mudar a realidade dos pequenos produtores em Alagoas / Foto: Acervo Secom--AL e divulgação
Agência Alagoas

Mais uma edição do projeto Jovem Cidadão foi concluída em cerimônia realizada nesta quinta-feira (8), no Centro de Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. Trata-se da 2ª fase de um projeto que, ao longo de cinco anos, capacitou mais de 1.200 jovens de 70 municípios do interior de Alagoas.




Numa realização da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Alagoas (Fetag-AL), com patrocínio da Petrobras e do Governo de Alagoas, por intermédio da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), o Jovem Cidadão promoveu a formação de homens e mulheres entre 18 e 29 anos, ligados ao meio rural, para que eles atuem como agentes de desenvolvimento local.




O coordenador do projeto e presidente do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL), Carlos Dias, destaca que a iniciativa tem potencial para mudar a realidade dos pequenos produtores em Alagoas.

 


“É o fim de um ciclo destinado a jovens filhos de agricultores com o objetivo de construir uma rede de agentes de desenvolvimento. Essa rede tem condições de estimular a participação das famílias desses jovens e de suas comunidades a ter acesso às principais políticas públicas voltadas para o povo rural, o Pronaf, Programa de Aquisição de Alimentos, Programa de Alimentação Escolar, Crédito Fundiário e Habitação Rural. Coloco a Emater à disposição da Fetag e desses 1.200 jovens para que possamos construir um espaço que dê suporte à continuidade da formação”, disse.



Para o presidente da Fetag-AL, Genivaldo Oliveira, ações voltadas à juventude rural tendem a garantir a permanência do homem no campo e a perspectiva de um futuro melhor para a agricultura alagoana.



“Você dá um horizonte para esses jovens, que vê, na sua atuação e protagonismo, uma possibilidade de uma vida melhor no campo, sem que ele tenha que sair de seu local de origem para buscar outras coisas na cidade. Mostrar e dar condições a eles e elas que é possível viver dignamente da agricultura e de suas vertentes é garantir a permanência do homem no campo”, explicou Oliveira.



Resultados


A coordenadora pedagógica do Jovem Cidadão, Ana Cristina Aciolly, explica que o projeto previa uma formação popular. Segundo Cristina, os participantes conheceram de forma didática as políticas públicas voltadas ao meio rural e os benefícios para quem as acessa, além de cursos básicos como excel, informática, desenvolvimento de projetos e associativismo.



“Os resultados são muitos e também pessoais. Nós temos jovens que participaram e que agora estão dentro de cooperativas e associações, buscando melhorias para sua comunidade, que voltam com esses ensinamentos para dentro de casa e estimulam suas famílias. É uma nova perspectiva, uma perspectiva de vida digna no campo”, disse Ana Cristina.



As primas Ruth Silva Quino, de 18 anos, e Caroline Estefany, de 22, moradoras do município de Belo Monte, concordam com a gestora. “O projeto dá sustentabilidade, ensina a gente que a gente pode e ajuda principalmente quem mais precisa”, afirmou.



A solenidade de encerramento do Jovem Cidadão contou com apresentações culturais do folguedo Reisado, do povoado de Bananal, em Viçosa, e da banda de rock LDS 21, de Pão de Açúcar.

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