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Mesmo com a luta diária entre as mulheres pelos direitos igualitários e o maior acesso a informação sobre os métodos contraceptivos a gravidez indesejada ainda é predominante no país. Pesquisa realizada pelo Nascer no Brasil (Fiocruz) e IBGE aponta que 68% dos brasileiros entre as classes C, D e E são alvos da gravidez não planejada e ausência educativa de planejamento familiar.
Estudo realizado recentemente pelo portal Trocando Fraldas, especialista em saúde e maternidade divulga que o Amazonas é o estado com maior número de mulheres que engravidam de forma inesperada, alcançando (67%) dos casos. O site avaliou respostas de mais de 12.000 mulheres em todo o país.
Esse tipo de estimativa deve chamar atenção dos órgãos públicos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) (87%) das mulheres que não completaram o ensino fundamental já tiveram uma gravidez indesejada.
A pesquisa do portal Trocando Fraldas sinaliza que a falta de prudência na hora da prevenção e desconhecimento sobre os métodos é maior na região do Nordeste, chegando a (64%). No Brasil a escolaridade ainda influência fortemente, reforçando a importância da educação sexual nas instituições de ensino. Afinal, os métodos contraceptivos existem, no entanto, não estão sendo divulgados de forma esclarecedora.
Não usar os métodos de proteção é a principal causa da gravidez indesejada, ou seja, é um tema que traz outras preocupações como a exposição às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's). O estudo aponta que (60%) das participantes afirmaram que a gravidez ocorreu por estarem sem proteção, (19%) falha do anticoncepcional, (3%) a camisinha rasgou e (8%) fazia o uso de outro método contraceptivo. É importante salientarmos que as chances de falha do preservativo são mínimas como aponta a pesquisa, além de prevenir contra as DST's.
A paternidade quando o tema é gravidez indesejada
Infelizmente ainda vivemos numa sociedade em que o machismo predomina. Na região do Nordeste (24%) das nordestinas não mantinham relacionamentos sérios ao engravidarem de modo inesperado. Nos Estados do Amapá, Amazonas e Paraíba existiram mais gestações sem nenhum grau de relacionamento com o pai, possivelmente fazendo com que a mãe assuma a maior responsabilidade na criação e educação da criança.
O estudo do TF ainda reforça que 35% dos pais que não possuíam relacionamento fixo com a parceira se esquivaram e não assumiram a paternidade. Nos estados do Maranhão e Rondônia são os locais com maior fuga paterna, chegando a 20% dos casos.
Fonte: Assessoria
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