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O ex-prefeito do município de Coari, Adail Pinheiro, ganhou o direito de cumprir pena em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi autorizada pelo juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Luís Carlos Valois, nesta semana. Adail foi preso acusado de liderar uma rede pedofilia e exploração infantil no Amazonas.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Adail iniciou a progressão do regime fechado para o semiaberto no dia 1º de novembro. Após uma semana, ele foi autorizado a prisão em casa.
Adail Pinheiro foi transferido para o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) na manhã de 19 de outubro, após determinação judicial. A decisão ocorreu depois que o Ministério Público recomendou a retirada imediata de presos civis que estejam custodiados juntos aos quartéis militares. Pinheiro era mantido no batalhão da Polícia Militar desde fevereiro de 2014.
Prisão
Adail está preso desde dia 8 de fevereiro de 2014 e foi condenado a 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele foi preso pela primeira vez em 2008 durante a Operação" Vorax", da Polícia Federal, por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões.
À época, os policiais também colheram indícios de que Adail chefiava uma rede de exploração sexual que contava com servidores públicos para identificar e aliciar as vítimas. Após passar 63 dias na cadeia, Pinheiro foi solto por determinação da Justiça.
Em reportagem exibida pelo Fantástico, da Rede Globo, novos casos encaminhados ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) vieram à tona no final de 2013. Uma adolescente afirma que estava sendo obrigada pela mãe a ter relações íntimas com o prefeito em troca de dinheiro. A menina, virgem, de apenas 13 anos, diz ter sido prometida ao prefeito para a noite do Réveillon. Após a divulgação das denúncias Adail Pinheiro foi preso.
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