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Uma força-tarefa comandada pelo Exército trabalha, nesta segunda-feira (10), para remover os cerca de 60 toneladas de explosivos que ainda estão no local do acidente com um caminhão, em Bocaíva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
A área está isolada, sob vigilância da Polícia Militar (PM), porque ainda há risco de exploões. No sábado (8), um caminhão carregado com oito toneladas de dinamite expodiu, atingindo galpões onde havia, segundo a polícia, outras 50 toneladas de explosivos.
O terreno pertence à empresa Explopar, que armazena esse tipo de material. Pouca coisa sobrou. No entanto, um dos galpões ainda está cheio de dinamites, Por isso, o risco de explosão na área é enorme e o trabalho da força-tarefa é justamente garantir que o material seja retirado sem nenhum risco para quem mora na região.
O Exército, responsável por controlar e autorizar este tipo de atividades, informou que a empresa é registrada e está autorizada a armazenar até 200 toneladas de explosivos em seus depósitos.
A explosão
Os destroços foram encontrados a dois quilômetros de distância do local. Com o impacto da explosão, vidros e telhados de casas que ficam em bairros próximos quebraram.
Ao todo, 24 resdiências ficaram completamente destruídas; 180 moradores ficaram levemente feridos. Ao todo, 160 famílias foram prejudicadas: parte delas só pôde voltar para casa na manhã de domingo (9).
O dono da fábrica de dinamites Explopar, Milton Lino Silva, de 61 anos, foi preso na tarde de sábado. Ele afirmou à polícia que estava em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no momento da explosão e que não sabe o que pode ter causado o acidente.
Segundo ele, a empresa está regular e o único incidente foi o furto de 100 kg de material explosivo há um mês. Na ocasião, de acordo com Silva, o Exército fez uma vistoria no local e não o autuou.
O empresário foi preso por armazenamento irregular de explosivos, crimes e danos ambientais e ainda risco de morte aos quais ele submeteu centenas de pessoas.
O delegado de Bocaiúva do Sul, Mário Sérgio Bradock, disse que já havia um inquérito instaurado para investigar as irregularidades no armazenamento de dinamites na empresa. Bradock afirmou que o caminhão estava sendo manobrado quando começou a pegar fogo, causando a explosão.
Nota da Explopar
A empresa Explopar está estabelecida há mais de 22 anos em Bocaiúva do Sul e sempre cumpriu rigorosamente com todas as obrigações exigidas pelas autoridades competentes. A Explopar possui todos os alvarás e licenças necessárias para o regular funcionamento e tem absoluta convicção de que a explosão ocorrida na tarde de ontem foi provocada por ação criminosa praticada por terceiro.
A empresa confia plenamente nas autoridades constituídas e acredita que em pouco tempo este crime será desvelado. A Explopar se solidariza com aqueles que também foram vítimas e garante que se esforçará ao máximo para minimizar os danos causados em decorrência da explosão.
Nota do Exército
O Exército Brasileiro (EB), nos estados do Paraná e Santa Catarina, por meio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 5ª Região Militar (SFPC/5), tem por atribuição, prevista no Decreto Nr 3665, de 20 de novembro de 2000, controlar e autorizar as atividades de produção, armazenamento, comercialização, transporte e utilização de produtos controlados, dentre os quais explosivos.
A empresa Explopar - Comércio de Explosivos LTDA é registrada no Exército Brasileiro com o Certificado de Registro Nr 3563 e está autorizada a armazenar até 200 toneladas de explosivos em seus depósitos.
O transporte por via terrestre, de produtos controlados segue as normas prescritas no Anexo II ao Decreto Nr 1797, de 25 de janeiro de 1996 e demais legislações pertinentes ao transporte de produtos perigosos.
O SFPC/5 realiza fiscalizações periódicas agendadas e inopinadas em empresas registradas que trabalham com produtos controlados, nos estados do Paraná e Santa Catarina.
O SFPC/5 por ocasião do ocorrido no dia da explosão deslocou uma equipe para o local a fim de realizar avaliação de danos, bem como fiscalizar ações de remoção e destruição dos explosivos que sobraram. Além disso, instaurou Processo Administrativo para apurar o ocorrido na empresa Explopar Comércio de Explosivos LTDA, no 8 de outubro de 2016.
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