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A Prefeitura de Franca (SP) instaurou uma sindicância para apurar a conduta de um médico suspeito de burlar o plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Aeroporto I. Esta é a quinta vez que o mesmo profissional é alvo de um procedimento disciplinar na administração municipal pelo mesmo motivo desde o ano passado.
A investigação mais recente foi aberta na segunda-feira (24) e é prevista para ser concluída em dois meses. Um emergencialista pediatra foi denunciado por funcionários por registrar sua entrada no serviço por ponto biométrico, deixar o local quando o fluxo de pacientes estava alto, e retornar próximo do término do expediente, quando o movimento era menor.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Conrado Netto, com essa conduta, o suspeito, que continua a atuar na UPA, se manteve ausente por até oito horas do plantão, que tem dez horas.
Imagens de câmeras de segurança do centro de atendimento evidenciaram a prática no mês passado.
"Se o plantão dele terminava às 7h, ele voltava às 4h. Passava às cinco, que é uma hora de descanso, e ia embora às 7h", exemplifica.
Sindicância
As novas denúncias apontam que o médico, que trabalha na Prefeitura desde maio de 1996, burla plantões há pelo menos seis meses, afirma o secretário. Em 26 e 27 de setembro, as imagens do circuito de segurança da UPA flagraram a movimentação suspeita, de acordo com ele.
Segundo portaria publicada no último sábado (22), no Diário Oficial de Franca, há indícios de que o médico compareceu ao trabalho às 21h12 do dia 26, se retirou e voltou às 3h12 do dia 27.
"No período de plantão dele, ele vai lá, passa a digital, vai embora e volta só de madrugadinha, próximo do horário que ele tinha que estar indo embora", afirma Conrado Netto.
Este é o terceiro procedimento disciplinar contra o profissional somente este ano. As gravações, no entanto, são um indício novo em relação às outras duas sindicâncias instauradas em maio e junho, ainda não concluídas, de acordo com o secretário de Saúde.
O médico já chegou a sofrer punições administrativas em outros processos em 2015, mas não está afastado de suas funções, segundo Conrado Netto, porque a investigação não coloca em questão a conduta médica dele. "A gente não tem um respaldo jurídico para isso, a gente está investigando sua conduta funcional", diz.
Caso as suspeitas se confirmem, no entanto, o servidor pode estar sujeito a sanções que variam de advertência a demissão. "É um absurdo, além de lesar a Prefeitura, está deixando a população desassistida", afirma o secretário.
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