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16/10/2017 08:00
Brasil
Ministro Moreira Franco diz que delação de Funaro foi 'encomenda remunerada'
'Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava', disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência por meio do Twitter. G1 procurou assessorias da PGR e do empresário.
/ Reprodução

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, afirmou neste domingo (15), por meio de sua conta no Twitter, que a delação de Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB, foi uma "encomenda remunerada" do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao empresário Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F.

 


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara começa a discutir a segunda denúncia de Janot contra o presidente Michel Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa. A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi derrubada pelo plenário da Câmara e por isso não seguiu para apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF).

 


"Como o objetivo da dupla Joesley e Janot era derrubar Michel Temer, após a derrota na 1ª denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha", disse o ministro, acrescentando que, "como faltava-lhe bambu" [ao ex-procurador Rodrigo Janot], ocorreria a "encomenda remunerada da delação de Funaro", afirmou Moreira Franco. E concluiu: "Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava".

 




Nos últimos dias, tornaram-se públicos vídeos dos depoimentos da delação premiada de Lúcio Funaro, operador que está preso desde junho de 2016 e que fechou acordo de delação premiada, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 


A reação do presidente da República à divulgação dos vídeos veio por meio de seu advogado, Eduardo Carnelós, que divulgou nota para dizer que houve um "criminoso vazamento" das declarações do delator.

 

 

Os vídeos, porém, foram enviados pelo Supremo Tribunal Federal em 22 de setembro em ofício endereçado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e incluídos no site oficial da Câmara.

 


O material faz parte de uma lista de arquivos relacionados à segunda denúncia contra o presidente Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa.

 


O que diz Funaro nos vídeos

 


O delator faz acusações sobre a existência de um suposto esquema de propina envolvendo o presidente Michel Temer, aliados dele e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

 


Funaro, apontado como operador do PMDB, conta nos vídeos os motivos pelos quais diz ter ido ao escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Temer, para supostamente pegar R$ 1 milhão, que teriam de ser entregues ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Salvador (BA).

 

 

Fonte: G1

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