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A Polícia Civil prendeu um suspeito de agredir, estuprar e manter em cárcere privado duas jovens enteadas, de 16 e 18 anos, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Uma das vítimas, fugiu de casa para morar com o pai e contou o motivo, após saber que o padrasto havia sido preso.
Segundo as investigações, os abusos foram descobertos depois que uma das adolescentes apareceu na escola com parte dos cabelos cortados durante uma agressão do padrasto. Orientada pelo Conselho Tutelar, a família decidiu procurar a polícia. Everson Máximo Costa negou o crime e disse que está sendo vítima de uma armação.
— Isso foi armação da família deles porque eles não gostam de mim.
Segundo a delegada da Polícia Civil Nicole Perim o suspeito estava realizando obras na casa da família para evitar o acesso ao local.
— Ele estava colocando tijolo em todas as janelas, já havia feito alguns muros na entrada e algumas varandas para impedir totalmente o acesso à casa.
Uma semana antes da história ser descoberta, a jovem de 18 anos, saiu de casa e foi morar com o pai, na Bahia. Ela só revelou o motivo da fuga, após descobrir que o padrasto estava preso.
— Eu tinha nove anos quando tudo isso começou. Ele começou abusar de mim primeiro.
Um homem que pede para não ser identificado, conta que o suspeito impedia que as meninas mantivessem contato com o restante dos familiares. Para ele, a mãe das garotas não sabiam de nada.
— Ela falou que nunca ficou sabendo das agressões. As meninas também disseram que não falaram para ninguém por medo.
Um exame realizado no Instituto Médico Legal (IML) comprovou a conjunção carnal na adolescente de 16 anos. A filha do casal, uma menina, de 6 anos, também foi submetida a exames, mas não foi comprovado nenhum abuso.
De acordo com a polícia, o inquérito será concluído para indicar por quais crimes Costa será indiciado.
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