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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso de maus-tratos a uma criança de um ano e oito meses que mora no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul. Imagens mostram o menino com vários hematomas, marcas de queimaduras e de mordidas. Até uma letra “A” foi escrita no braço da vítima.
O caso foi descoberto quando o menino passou mal e foi levado a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região. A equipe médica constatou os hematomas e chamou o conselho tutelar, que acionou a DCAV (Delegacia de Atendimento à Criança e Adolescente Vítima).
Segundo a delegada responsável pelo caso, Vanessa Martins, dois suspeitos já foram identificados. No entanto, diante do expressivo número de lesões no corpo da criança, a polícia trabalha com a hipótese de que outras pessoas contribuíssem, ainda que de forma omissa, para que as agressões se repetissem. A mãe da vítima não teria envolvimento com a violência. As agressões aconteciam enquanto ela estava no trabalho.
— A mãe e a criança estavam abrigadas na casa de uma prima, onde viviam cerca de nove pessoas com elas. Um ambiente bastante nocivo ao desenvolvimento da criança.
Um parente da mãe do menino que não quis se identificar conta que já desconfiava das agressões e teria alertado a jovem de 22 anos que a qualquer momento ela seria aborda pelo conselho tutelar e precisaria dar explicações. Ele também revela que a mulher sofre de problemas psicológicos.
— Ela realmente tem uma dificuldade mental sim. Ela tem um carinho, tem uma preocupação, mas não tem aquele senso de responsabilidade de um adulto. Ela tem uma idade adulta, mas uma mente de uma criança.
O menino e a mãe estão abrigados na casa de outros familiares. A polícia apura o crime de tortura. A pena pode chegar a oito anos de prisão. A delegada pretende ouvir toda a família. Caso seja comprovado que algum familiar sabia das agressões e não denunciou, a pessoa pode ser responsabilizada pela omissão.
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