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A Polícia Civil prendeu na quarta-feira (12) três pessoas suspeitas do assassinato de Demétrio Piardi da Silva, de 62 anos, morto com um tiro no coração na cidade de Bom Jesus, na Serra gaúcha. Entre os presos está a filha da vítima, apontada como mandante do crime, e o genro, conforme divulgou a polícia na madrugada desta quinta-feira (13).
Foram presos Margarete Rodrigues da Silva, de 38 anos, filha da vítina; Agostinho das Graças Nunes Xavier, 50, genro da vítima e companheiro de Margarete; e Deivid de Aguiar Campos, 24 anos, que é sobrinho de Agostinho.
A polícia teve notícia da morte na manhã de quarta, e os três suspeitos foram presos em flagrante na cidade de Caxias do Sul, na Serra após diligência conduzidas pela investigação.
Na casa de um dos suspeitos foi encontrada a arma, segundo a polícia, utilizada para matar Demétrio.
De acordo com a investigação, a filha ordenou a morte do pai para receber uma herança no valor de R$ 300 mil.
Em depoimento, os dois homens confessaram participação no crime. No entanto, eles divergem quanto à autoria do disparo fatal.
"Há contradição. Um aponta o outro como autor. Mas está claro que ambos estão em coautoria do fato. Já a filha nega que tenha mandado matar o pai. Ela diz que foi avisada da morte pelo namorado após o crime", conta o delegado Flademir Paulino de Andrade, que investiga o caso.
Conforme o delegado, a vítima herdou recentemente terras avaliadas em R$ 300 mil, que foram vendidas. O dinheiro seria recebido até o final deste ano. O pai, então, assinou uma procuração para a filha administrar os bens. No entanto, como ele desconfiou que estava sendo enganado por ela e pelo genro, revogou o documento e nomeou um amigo como novo procurador.
"Esse foi o motivo da resignação da filha. Testemunhas ouviram ela falar que ia mandar matar o pai. Como ele morava sozinho em uma casa no interior, ela pensou que ia ser fácil simular um assalto. Quase deu certo, mas é como diz o ditado: 'o diabo faz a panela mas não faz a tampa'", analisa o delegado Flademir.
Os três foram levados para o Presídio Estadual de Vacaria, nos Campos de Cima da Serra. Eles devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado. Em caso de condenação, os três podem ficar presos por até 30 anos.
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