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26/07/2018 11:14
Brasil
Sem dinheiro, venezuelanos acampam às margens de rodovia na fronteira do Brasil
Cidade de Pacaraima, em Roraima, tem abrigo público, mas ele é só para índios venezuelanos. Sem ter para onde ir, famílias inteiras estão vivendo às margens da BR-174, que liga os dois países.
/ (Foto: Inaê Brandão/G1 RR)

Venezuelanos estão vivendo em acampamentos improvisados em Pacaraima, no Norte de Roraima, na fronteira do Brasil. Um deles fica às margens da BR-174, rodovia que liga o país a Venezuela, e tem pelo menos 30 famílias.

 

 

Conforme a prefeitura, a cidade tem uma média de 1,5 mil imigrantes em situação de rua - o equivalente a 22% da população local, que é de cerca de 15 mil habitantes. O município possui um abrigo público, mas ele é exclusivo para imigrantes indígenas.

 

 

Procurada, a Força Tarefa Logística Humanitária, criada pelo Governo Federal para lidar com a imigração, informou que está em implantação um novo abrigo para não-índios na fronteira. Chamado de BV8, ele terá capacidade para 500 pessoas.

 

 

No acampamento às margens da rodovia, famílias inteiras estão morando em barracas de camping e estruturas improvisadas com lonas, madeiras e até papelões.

 

 

As estruturas são cobertas por plástico para proteger da chuva, comum neste período do ano. Na madrugada, a temperatura chega aos 16º C.

 

 

A jovem Angélia Aguilera, de 18 anos, está no Brasil há um mês. Ela, o marido e o filho Elieser, de um ano, vivem nas ruas de Pacaraima desde então.

 

 

"Aqui na rua é muito frio. Nunca imaginei que ia passar por isso", lamentou Angélia.

 


A família saiu de Maturin, a 785 Km de Pacaraima, e conta a mesma história que outros milhares de venezuelanos que buscam refúgio no Brasil.

 

 

"Vim porque na Venezuela não tem trabalho, comida e remédio. Não tem nada", disse Angélia, acrescentando que no país a família se alimentava apenas de mandioca e sardinha.

 

 

O esposo trabalhava em uma empresa multinacional, mas o salário - corroído pela inflação diária de 2,8% - perdeu o poder de compra. Por isso, ele largou o trabalho há dois meses e a família resolveu tentar a vida no Brasil, onde busca trabalho.

 

 

Fonte: G1

 

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