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Cerca de 35 milhões de pessoas vivem em áreas afetadas pela desertificação. Para melhorar a qualidade de vida desses brasileiros, o governo desenvolveu o Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação (SAP), uma ferramenta que ajuda na implementação e desenvolvimento de políticas públicas.

Ao longo dos anos, a ocupação humana e a exploração dos recursos naturais vêm impactando as regiões secas do País, provocando a degradação da terra, a perda da cobertura vegetal nativa e a redução da disponibilidade de água. A intensificação de tais processos levou crescentes frações dessas regiões à condição de áreas degradas segundo um fenômeno conhecido como desertificação.

O projeto de alerta à desertificação foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e é realizado em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O sistema reúne informações de geologia, de clima e socioeconômicas, dados que vêm de diferentes instituições. Essa ferramenta ainda avalia que áreas deveriam ser priorizados para permitir uma aplicação dos recursos públicos de maneira mais eficiente.

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o SAP ainda permite uma avaliação contínua das áreas mais suscetíveis e melhorar a compreensão dos efeitos combinados da seca e da desertificação.

Semiárido

No Brasil, os cenários desenhados pelo sistema indicam que a região semiárida é vulnerável à variabilidade climática. Essa percepção levou a mudanças no uso e cobertura da terra na região nas últimas décadas e à implementação de tecnologias para reduzir a escassez de água.

O ministério avalia ainda que a desertificação atinge mais de 1,3 milhão de km quadrados em 11 estados. Para reverter esse quadro, o governo incentiva o uso de tecnologias e processos que possam reverter esse cenário.

Na Bahia, um projeto experimental tenta reflorestar as margens do Rio Jacuípe e melhorar o uso da água para evitar a desertificação da região. A proposta é mudar a relação das pessoas com a terra e com rio.