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18/10/2018 15:00
Economia
Consumo de adubo deve ser recorde em 2018 no Brasil, prevê consultoria
Demanda de produtores de soja reverte projeção anterior, que era de queda em relação a 2017.
/ Foto: Divulgação

O consumo de fertilizantes no Brasil deve crescer 2,8% em 2018, para um recorde de pouco mais de 35 milhões de toneladas, com a demanda de produtores de soja, em especial, contrabalançando o aumento dos custos com fretes e o impacto da greve dos caminhoneiros, projetou nesta quarta-feira (17) a consultoria FCStone.

 

 

A estimativa ocorre um dia após a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) mostrar que as entregas de fertilizantes no acumulado de 2018, até setembro, foram mais de 4% superiores na comparação com igual período do ano anterior.

 

 

A alta esperada pela FCStone reverte uma previsão de queda de 3,7% feita pela própria consultoria em julho, logo após a entrada em vigor da tabela de preços mínimos para fretes, uma das medidas tomadas pelo governo para acabar com a paralisação de caminhoneiros de maio.

 

 

"Tivemos atraso (nas entregas), com a greve dos caminhoneiros, mas depois tivemos uma retomada forte. Nos últimos meses, vimos uma alta forte nas compras (de fertilizantes) justamente por causa do plantio de soja", resumiu o analista Fábio Rezende.

 

 

Somente em agosto, as entregas foram de 4,8 milhões de toneladas, um recorde. Em setembro, somaram 4,25 milhões de toneladas.

 

 

Compras adiantadas


Para Rezende, a tendência é de que nos últimos meses do ano o consumo de fertilizantes no país recue, ficando abaixo do observado no quarto trimestre de 2017, uma vez que as compras voltadas à soja foram muito "adiantadas".

 

 

"Será uma entrega recorde, pode até ser maior, mas a tendência é de que o consumo comece a cair agora", concluiu.

 

 

Maior exportador global, o Brasil deve plantar uma área recorde de soja na atual temporada 2018/19, na casa dos 36 milhões de hectares. O impulso se dá em meio a um forte apetite da China, em disputa comercial com os Estados Unidos, pelo produto brasileiro.

 

 

Fonte: G1

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