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um dia de tensões domésticas e globais, o dólar aproximou-se de R$ 5,30 e fechou no maior valor desde maio. A bolsa de valores teve forte queda e zerou os ganhos acumulados em 2021.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (16) vendido a R$ 5,281, com alta de R$ 0,036 (+0,68%). A cotação teve um dia de volatilidade. Depois de iniciar a sessão em R$ 5,29, na máxima do dia, caiu para R$ 5,23 perto das 12h. À tarde, no entanto, a moeda voltou a subir, até fechar próxima dos valores mais altos do dia.
A cotação está no maior nível desde 26 de maio, quando tinha fechado a R$ 5,313. A divisa acumula alta de 1,36% em agosto. Em 2021, a valorização chega a 1,77%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado por tensões. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.180 pontos, com recuo de 1,66%. O indicador operou em baixa durante todo o dia. Com o desempenho de hoje, os ganhos acumulados em 2021 estão em 0,13%. Em 7 de junho, a bolsa tinha batido recorde, encostando em 131 mil pontos.
Fatores internos e externos contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. No exterior, a divulgação de dados que mostram a desaceleração da economia chinesa trouxe tensões, principalmente para países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil.
A indústria e o comércio chineses cresceram, em julho, abaixo do previsto, por causa de enchentes no interior do país e do crescimento dos casos da variante Delta do novo coronavírus, que forçou medidas de restrição social em algumas regiões do país asiático.
A retomada do governo do Afeganistão pelo regime talibã provocou tensões no mercado de petróleo, por causa de possíveis efeitos sobre o Oriente Médio. O barril do tipo Brent (usado nas negociações internacionais) caiu 1,53%.
No mercado doméstico, as incertezas em relação à votação da reforma do Imposto de Renda, prevista para amanhã (17), criaram instabilidades no mercado, por causa do receio com a aprovação de medidas que resultem em perda de arrecadação. As dúvidas em torno da proposta de emenda à Constituição que permite o parcelamento de precatórios (dívidas do governo reconhecidas definitivamente pela Justiça) também influenciaram as negociações.
FONTE: ECONOMIA AO MINUTO
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