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01/11/2018 12:02
Economia
Em editorial, China faz alerta a Bolsonaro sobre riscos de agir como Trump
Jornal estatal adverte sobre custo econômico de querer ser um 'Trump tropical' e romper acordos comerciais.

A China fez um alerta ao presidente eleito Jair Bolsonaro sobre os riscos econômicos do Brasil seguir a linha do presidente Donald Trump e romper acordos comerciais com Pequim.

Editorial publicado pelo jornal estatal China Daily afirma que Bolsonaro foi "menos que amigável" em relação à China durante a campanha e adverte sobre o custo do eleito querer ser um "Trump tropical".

"O custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão na história", diz o texto do editorial que trouxe o título: dedicou um editorial a Bolsonaro chamado "Não há razão para que o 'Trump Tropical' revolucione (disrupt) as relações com a China".

O texto lembra ainda que as exportações brasileiras "não ajudaram apenas a alimentar o rápido crescimento da China, mas também apoiaram o forte crescimento do Brasil".

Durante a campanha, Bolsonaro retratou a China, a maior parceira comercial do Brasil, como um "predador que busca dominar setores-chave da economia brasileira", destacou ainda o editorial.

"Portanto, não é uma surpresa que as pessoas se questionem se Bolsonaro irá, como o presidente dos Estados Unidos fez, dar um golpe substancial à relação mutuamente benéfica Brasil-China", acrescentou.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral entre s dois países foi de US$ 75 bilhões no ano passado, de acordo com estatísticas do governo brasileiro. Desde 2003 a China investiu bilhões de dólares nos setores de petróleo, mineração e energia do Brasil, e está disposta a financiar projetos de ferrovias, portos e outras modalidades de infraestrutura para acelerar as remessas de grãos brasileiros.

A China continua como o maior comprador de produtos brasileiros. Em 2017, o país asiático comprou US$ 50,2 bilhões do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (US$ 26,9 bilhões), pela Argentina (US$ 17,6 bilhões) e pelos Países Baixos (US$ 9,3 bilhões).

 

Fonte: G1

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