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11/08/2016 21:30
Educação
Paixão e dedicação marcam trajetória de medalhistas da OBMEP
Estudantes desmistificam ideia de que a disciplina é difícil de aprender
/ Valdir Rocha

“Não vejo a Matemática como um ‘bicho de sete cabeças’. Na verdade, ela é um mistério que nos estimula a buscar soluções e que também está presente em tudo o que fazemos”. A fala do estudante Daniel Victor dos Santos Rocha dá o tom da paixão que move os 65 alunos de escolas públicas que conquistaram medalhas de bronze pela sua participação na edição 2015 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). A cerimônia de premiação aconteceu nesta quinta-feira (11), no Palácio República dos Palmares.



Natural de São Paulo, Daniel Victor, hoje com 18 anos, chegou a Taquarana aos 12 anos. Lá descobriu o amor pela Matemática, uma paixão despertada e incentivada pelos professores Jones Santos da Silva e Elielson Magalhães.



Com duas medalhas de bronze consecutivas conquistadas como aluno da Escola Estadual Santos Ferraz, Daniel hoje cursa Engenharia Civil e diz que a experiência da OBMEP ajudou na sua aprovação.



Ele também comemora o fato de o irmão mais novo, Gabriel, que também é medalhista da Olimpíada, ter sido aprovado para a segunda fase da competição. “Ele já é medalhista pelo município e deve dar continuidade a este ciclo na rede estadual”, estima Daniel, sem esconder o orgulho.



Precocidade - Outros dois bicampeões da OBMEP são os estudantes Pedro Lucas Clemente, da Escola Estadual Rocha Cavalcante, em União dos Palmares, e José Denner Lira, da Escola Estadual Quintella Cavalcante, em Arapiraca. Em comum, ambos têm uma paixão precoce pela Matemática.


José Denner Lira


Em José Denner, a paixão nasceu aos 7 ou 8 anos de idade, de forma curiosa, quando assistiu a um desenho animado que ensinava a fazer cálculos. Desde então, o interesse só aumentou. “Para ser bom em Matemática, a primeira coisa que você tem que fazer é não alimentar o preconceito de que ela é difícil”, orienta José Denner, que busca mais uma medalha na Olimpíada em 2016, ano em que também prestará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em busca de uma vaga no curso de Ciências da Computação.



Já Pedro começou a se interessar pela OBMEP antes mesmo de ter idade para fazer as provas. A primeira medalha veio em 2014, quando ainda era aluno da Escola Estadual Manoel de Matos, em Santana do Mundaú. Segundo ele, para ter êxito é preciso dedicação. “A própria OBMEP também fornece muitos materiais bons para o estudo e que ajudam muito no preparatório para a prova”, conta Pedro, aluno da 2ª série do ensino médio que, este ano almeja uma medalha de prata na competição.



Professores e escolas – Professores e escolas também foram premiados pela sua participação na OBMEP. A Escola Estadual Santos Ferraz, de Taquarana, obteve tripla premiação na competição: além da medalha de Daniel Victor, foram premiados o professor Jones Santos da Silva e a própria escola, na ocasião representada pela diretora-adjunta Jacira de Farias.



Atuando nas redes municipal e estadual em Taquarana, Jones Santos diz que o segredo para atrair a atenção do aluno na aula de Matemática é fazê-lo se apaixonar pela disciplina.



“Para mim, lecionar Matemática é mais que um trabalho, é uma paixão. Tento transmitir este mesmo sentimento para meus alunos”, revela Jones. Feliz com os resultados, a diretora Jacira de Farias comemorou os resultados alcançados pelo município. “Tanto a rede municipal como a estadual evoluíram muito na OBMEP e isso se deve muito aos nossos alunos e professores. Temos muito orgulho deles”, afirma a gestora.

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