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Em coro, 51 casais hétero e homoafetivos disseram sim para a oficialização da união, na tarde de segunda-feira (11), no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, no bairro do Farol. O casamento coletivo foi promovido pelo projeto Justiça Itinerante, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), junto com o Grupo Gay de Alagoas. Do total de casais, 30 eram homossexuais e 21 heterossexuais.
Renata Patrícia Pereira, 23, e Silvana Rafael da Silva, 27, estão juntas há oito meses e foram um dos casais que decidiram se casar no evento. “Estamos aqui porque a gente se ama e porque a gente quer lutar por tudo que desejamos”, afirmou.
Silvana relatou que tem a expectativa de viver muitas alegrias ao lado da companheira. “É o meu primeiro casamento e eu espero que, daqui pra frente, a gente consiga tudo aquilo que a gente sonha. Vão ter os altos e baixos, de qualquer relacionamento, mas vamos superar tudo juntas”.
De acordo com a juíza Eliana Acioly Machado, que conduziu a cerimônia, um dos maiores benefícios da união diz respeito à efetivação da igualdade material. “Um dos objetivos da Constituição Federal é erradicar qualquer tipo de discriminação, então, com base nisso, hoje se pode celebrar casamentos homoafetivos, pois é muito importante a inclusão de pessoas que já estavam à margem de celebrar o casamento deles”, disse a magistrada.
Jardson José da Silva, que é agente de portaria, e Eliel dos Santos Silva, artesão, estão juntos há 12 anos e também decidiram se casar no evento coletivo. “Uma das coisas que nos fez tomar essa decisão foi com relação aos direitos que vamos ter. Quando a gente se junta, [o casamento] vai deixando de ser prioridade, mas finalmente a gente decidiu”, disse Jardson da Silva.
Segundo Nildo Correia, que é presidente do Grupo Gay de Alagoas, a oficialização da união é uma importante afirmação de direitos. “Não é só sobre a simbologia do casamento, é sobre poder obter direitos, como união de renda para compra de bens, entre outros. E a partir do momento que o STF [Supremo Tribunal Federal] passa a reconhecer os casais LGBT como entidade familiar, isso abre um precedente para a possibilidade de adoção também”, relatou.
Fonte: Dicom TJ/AL
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