24/04/2024
26ºC Maceió, AL Chuvas esparsas
(82) 99699-6308

Notícias

21/09/2021 22:07
Justiça
Deputados discutem anulação do concurso da Polícia Militar de Alagoas
Parlamentares concordam sobre punição de responsáveis, mas não chegam a acordo sobre anulação de todas as etapas do certame. Estado aguarda a decisão final da Justiça sobre o caso.
/ Foto: Igor Pereira/Ascom ALE

Os deputados estaduais discutiram em plenário nesta terça-feira (21) a anulação do concurso público da Polícia Militar de Alagoas, que está suspenso para apuração de denúncias de fraude. Os parlamentares concordam que os suspeitos sejam identificados e punidos, mas sobre a anulação do concurso, eles se dividem entre os que defendem e os que são contra a medida.

 

O processo que pede a anulação do concurso segue em tramitação na 31ª Vara Cível da Capital. A última atualização foi a suspensão temporária do certame na quarta-feira (15). O governador Renan Filho (MDB) disse que o Estado aguarda a decisão final da Justiça sobre o caso.

 

No plenário, o deputado Francisco Tenório (PMN) cobrou investigação e punição aos responsáveis. O parlamentar apelou para que o governo não anule o concurso, alegando que muitos candidatos que foram aprovados na primeira etapa já estão na idade limite para ingressar na PM-AL. “Espero que essa suspensão seja para apurar os fatos, que o resultado dela seja amplamente divulgado e os infratores sejam punidos”.

 

Francisco Tenório pediu que o Ministério Público e a polícia identifiquem os suspeitos de fraude, mas que o concurso seja mantido para que candidatos que foram aprovados na primeira etapa sem fraudes não sejam prejudicados.

 


“Muitas pessoas fizeram essa prova depois de anos de estudo, passaram no concurso e estão no limite de idade. Peço que esse concurso não seja anulado”, disse o deputado.

 

Segundo edital do concurso, para ingressar na corporação é requisito básico "ter idade mínima de 18 anos completos na data de matrícula no Curso de Formação e máxima de 30 anos completos até a data limite para inscrição no concurso público".

 

Para o deputado Cabo Bebeto (PTC), a anulação de todas as etapas do concurso, incluindo as provas, vai prejudicar quem foi aprovado sem utilizar nenhum tipo de fraude. “A maioria não foi aprovada e quer anulação do concurso, mas não seria justo com quem estudou”, disse.

 

O deputado Davi Maia (DEM), por outro lado, defende a anulação do certame. “Esse concurso está eivado de irregularidades. Foi por isso que houve uma decisão judicial e que várias pessoas se posicionaram nesse sentido". O deputado disse ainda que é difícil "separar o joio do trigo”.

 

Durante inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Cidade Universitária, em Maceió, nessa segunda (20), o governador falou que a situação só vai ser definida após decisão final da Justiça.

 

"Nós estamos aguardando a finalização das investigações para tomar uma decisão. Óbvio que agora decisão não vai será só do governo porque o problema está judicializado. A decisão será da Justiça e do governo do estado. Eu espero que a gente encontre um caminho para fazer Justiça, que não permita fraude no concurso e que garanta que as pessoas que tenham condições de fazer a prova sejam aprovadas, se tiverem conhecimento. Ou se a fraude não tiver tido amplitude, a gente siga ainda com o concurso, mas isso não vai ser decidido pelo governador. Está judicializado. E eu espero que nos próximos dias a gente conclua a investigação para tomar uma decisão ampla", disse Renan Filho.

 

 

 

 

Fonte: G1/AL

 

Comentários

Utilize o formulário abaixo para comentar.

Ainda restam caracteres a serem digitados.
CAPTCHA
Compartilhe nas redes sociais:

Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.

Justiça