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A redução da vazão do Rio São Francisco para 600m³s, que entrou em vigor no dia 18 de maio, pode deixar moradores de 10 municípios de Alagoas sem água. O alerta é da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Durante uma reunião realizada essa semana gestores da Casal, da CBA Águas do Agreste - empresa responsável pela captação e tratamento de água na região Agreste - e representantes da Marinha marinha discutiram alternativas que possam aumentar o volume da água na estação de captação de Traipu. O objetivo da medida é evitar um colapso no abastecimento de água encanada para Arapiraca e outras nove cidades da região.
A estação de Traipu entrou em operação em agosto de 2014. Na época, a quantidade de água que passava pelo poço de sucção das bombas chegava a uma altura de cinco metros. Hoje, está em um metro e vinte centímetros. Os técnicos afirmam que a redução é consequência da diminuição da vazão do Rio São Francisco, situação que pode provocar o colapso.
“A situação é complexa. Das cinco bombas que temos instaladas, só estamos conseguindo colocar para trabalhar duas”, diz o diretor-geral da CAB, Guilherme dias.
Uma das consequências da baixa vazão do rio é o aumento da quantidade de matéria orgânica captada junto com a água. As plantas e algas passam por um filtro e são descartadas pelo sistema.
Para não interromper o fornecimento de água, a Casal instalou duas bombas flutuantes provisórias, a poucos metros da estação. Mas, se a vazão do rio for reduzida ainda mais, as bombas se tornarão inoperantes, informaram os técnicos. Por isso, os executivos da companhia estão buscando outras alternativas.
A Casal apresentou algumas sugestões, como a de abrir um canal perto da margem do rio, para facilitar o aumento do volume de captação, ou instalar as bombas flutuantes após uma ilha no leito do Rio São Francisco.
Sobre a opção da abertura do canal, a dragagem seria feita entre as duas ilhas que estão fechando a passagem da água para a estação de captação.
O vice-presidente de Gestão Operacional da Casal, Francisco Beltrão, fala que a captação vai ser feita a cerca de 600 metros. “Teremos problemas de navegabilidade, então já estamos nos antecipando para que o empecilho não nos traga um colapso”, explica Beltrão.
Beltrão disse ainda que as chuvas que estão caindo ainda não aliviam a situação do rio. “As chuvas não dão ainda um aumento de volume específico”, diz o vice-presidente de Gestão Operacional da Casal.
Navegabilidade
O representante da Marinha, capitão-tenente Bonfim, comandante da agência fluvial de Penedo, disse que a entidade está preocupada com a navegabilidade do rio. Ele ficou de estudar as propostas e levá-las também aos órgãos ambientais. “Existe uma norma a ser comprida, então o projeto deve ser completo e bem elaborado, para que façamos a avaliação”, completa Bonfim.
Fonte: G1/AL
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