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O I seminário Estadual para o Combate à Desertificação ocorreu nesta quinta-feira (14) no auditório do Centro Universitário Tiradentes (Unit). Foi um dia dedicado às discussões ao meio ambiente, principalmente nas regiões do semiárido alagoano. O evento foi promovido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), numa parceria com o Ministério Público de Contas (MPC).
A abertura do seminário contou com a formação de uma frente de honra com representantes da Semarh, por meio do secretário Alexandre Ayres; MPC, com o procurador-geral Ênio Andrade Pimenta; do promotor do Ministério Público Estadual, Jorge Dórea; do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Otávio Lessa; bem como da Secretaria de Estado da Agricultura Pesca e Aquicultura (Seagri).
Ao usar a palavra, o secretário Alexandre Ayres defendeu que os órgãos não atuem apenas no combate e sim com trabalhos preventivos para que a população consiga conviver com a estiagem e consequentemente com a desertificação.
Alexandre Ayres citou as atividades já desempenhadas pelo Governo de Alagoas em todas as regiões do Estado, a exemplo dos programas de Recuperação de Nascentes, Perfuração de Poços, Água Doce e Água Para Todos.
“Contribuir com a expansão da água para as famílias que mais precisam é um fator preponderante neste contexto da desertificação. Para se ter uma ideia, a Semarh á recuperou mais de 110 nascentes, perfurou mais de 600 poços, além de entregar os sistemas de dessalinização e sistemas de abastecimento junto aos municípios do Agreste e Sertão” destacou Alexandre Ayres em sua fala.
Com a palavra, o procurador-geral do MP de Contas, Ênio Pimenta entende a necessidade de ampliar a discussão sobre desertificação com as prefeituras localizadas nas regiões Agreste e Sertão. Ele destacou o papel do MPC em avançar em defesa do patrimônio ambiental, com o intuito de evitar que as áreas degradadas sigam se expandindo.
“Um dado me chama atenção é que 60% dos municípios alagoanos possuem áreas sujeitas à desertificação. A ação desordenada da população contribui efetivamente para esse fenômeno, a exemplo irrigações sem qualquer acompanhamento técnico. Ou seja, essa situação também impacta socialmente nessas regiões”, relatou o procurador-geral do MP de Contas.
O engenheiro civil, Paulo Lima, apresentou uma palestra sobre a “História da Desertificação no Brasil”. Lima defendeu um maior diálogo entre os entes públicos com a população para informa-los sobre os efeitos deste processo.
Ainda no campo das palestras, o secretário-executivo de Gestão Interna da Semarh, Edilson Ramos de Lima trouxe assuntos pertinentes ao Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Ramos fez destaques sobre a construção do plano com focos em territórios da cidadania, buscando implementar políticas públicas para as famílias que sobrevivem da agricultura familiar, bem como o fortalecimento da inclusão produtiva.
“Ao analisar este plano, as ações estão sendo executadas de forma natural pelos parceiros nos municípios do alto e médio Sertão, bem como nas regiões do Baixo São Francisco. São atividades que dialogam com os recursos hídricos, inclusão produtiva, saúde e agricultura familiar. Com base no Plano Estadual temos a certeza de seguir com as ações para combater os efeitos de desertificação”, considera Edilson Ramos.
Por fim, Edilson Ramos fez questão de ressaltar a participação popular nas estratégias, metas, ações e gestão do plano em Alagoas.
A última palestra no período da manhã foi da professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Nivaneide Melo Falcão, que apresentou o histórico da desertificação em Alagoas. Ela destacou que muitos produtores rurais, por falta de informação e acompanhamento técnico, acaba promovendo desmatamento e contribuindo com a expansão da desertificação.No período da tarde, o seminário retornou com mostras ao público presente como é formada a desertificação e suas soluções simples.
Sertaneja, natural de Piranhas, falou ao público sobre formas de se combater a desertificação e declarou que a plantação é sua aliada nesse trabalho.
“A plantação mudou a realidade da minha comunidade” disse Maria Francisca, que se tornou um exemplo e se orgulha de fazer a sua parte para salvar o meio ambiente.
O tema Desertificação em Alagoas foi abordado pelo coordenador da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius Pinho. Foi apresentado o Monitor de Secas do Nordeste que acompanha de forma regular a situação da seca e indica o nível e a duração da seca apresentando o cenário atual.
Valmir Pedrosa, consultor da Semarh, iniciou os esclarecimentos sobre a gestão dos recursos hídricos do Canal do Sertão. Ao fim, foi formado uma mesa redonda com Vinícius Pinho (Sala de Alerta), Valmir Pedrosa (Consultor) e Esdras Lima (IMA). O público pode esclarecer dúvidas e fazer questionamentos.
O próximo seminário acontece no município de Piranhas. A data será divulgada em breve.
Fonte: Assesoria
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