Notícias
O Governo da Catalunha informou que 90% dos eleitores votaram "sim" pela independência da região e 7,8% votaram "não". Os dados foram apresentados pelo porta-voz da Generalitat (governo catalão), Jordi Turull.
No total, 2.262.424 pessoas votaram no referendo realizado neste domingo (1º).
Mais cedo, o governo catalão já havia anunciado que iria comunicar nos próximos dias o Parlamento regional os resultados da votação deste domingo (1º) para que aplique o previsto na lei catalã de referendo e proclame a independência caso o "sim" vencesse.
Em uma declaração institucional, o presidente catalão Carles Puigdemont defendeu que a Catalunha ganhou “o direito de ser um Estado independente” após o referendo deste domingo, quando as pessoas foram convocadas a responder se queriam ou não que a Catalunha se transformasse em uma república independente.
Puigdemont argumentou que a Catalunha ganhou à força sua soberania e que as instituições catalãs têm o dever de respeitar e desenvolver o que disseram seus cidadãos. Ele ressaltou que milhões de pessoas se mobilizaram neste domingo e que, apesar das ameaças do Estado espanhol, elas têm direito de decidir seu futuro em liberdade.
Governo da Espanha
Já o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, declarou que "não houve um referendo" e que todos os espanhóis constataram que o Estado de Direito se mantém “forte e vigente”. Além de não reconhecer a consulta, responsabilizou o governo autonômico catalão, promotor da iniciativa, de ter agido contra a convivência democrática.
Puigdemont denunciou as violações de direitos e liberdades derivadas da intervenção da Polícia Nacional e da Guarda Civil, que foram acionadas pelo governo central espanhol para impedir o referendo. Ele afirmou que as autoridades contabilizam mais de 800 feridos, dois dos quais estão em estado grave, segundo informações do Departamento de Saúde da Catalunha. "Queremos viver em paz", fora de um Estado "incapaz" de propor "algo diferente da força bruta", disse.
Segundo Puigdemont, alguns casos foram “claras violações” de direitos humanos, algo que definiu como uma das páginas mais “vergonhosas” da relação do Estado espanhol com a região autônoma. Por isso, além de defender que as agressões não fiquem impunes, apelou à União Europeia para que exerça sua autoridade e atua no caso.
Enquanto acompanhavam a apuração dos votos do referendo na Praça da Catalunha, em Barcelona, representantes de diversas organizações representativas, entre as quais a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Confederação Nacional do Trabalho (CNT), anunciaram que será realizada uma greve geral na próxima terça-feira (3).
*Com informações da agência EFE
Utilize o formulário abaixo para comentar.
Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.
- 13/03/2024 13:21 Mais crianças morreram em Gaza do que em 4 anos de guerras no mundo
- 03/07/2023 13:53 Saiba tudo sobre o doador de esperma que teve mais de 500 filhos de forma ilegal
- 14/01/2023 20:31 Nasa descobre planeta localizado em zona habitável
- 19/12/2022 01:42 Foguete sul-coreano deve ser lançado nesta segunda em Alcântara
- 19/12/2022 01:25 Luis Roberto chora ao se despedir de Galvão Bueno na Copa: “Te amo”