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O presidente eleito dos EUA, o bilionário Donald Trump, foi escolhido a personalidade de 2016 pela revista norte-americana “Time”. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (7).
"É uma grande honra, significa muito", disse Trump ao programa "Today", da rede NBC, em entrevista pouco após o anúncio.
Mesmo com a democrata Hillary Clinton apontada como favorita em praticamente todas as pesquisas de intenção de voto e nas projeções feitas por institutos e pela imprensa, Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos em novembro.
O republicano conquistou vitórias surpreendentes sobre Hillary em estados-chave para definir o resultado, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalando os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata.
Contrariando as sondagens, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia votaram em um republicano pela primeira vez desde os anos 1980.
No ano passado, a vencedora do prêmio da "Time" foi a chanceler alemã, Angela Merkel.
Azarão
De temperamento explosivo e sem experiência política anterior, o bilionário republicano de 70 anos superou todos os prognósticos e se impôs como um forte adversário.
Começou a disputa como azarão, concorrendo com diversos outros pré-candidatos republicanos pela indicação do partido e com muitos analistas duvidando que ele pudesse alcançar a nomeação. Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos num mundo em mutação, tornou-se a voz da mudança para milhões deles.
Entre suas polêmicas na campanha eleitoral, ele defendeu a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. No dia em que apresentou sua candidatura, ele disse:
“Quando o México manda gente para os EUA, eles não estão mandando os melhores... Eles estão mandando pessoas que têm muitos problemas e estão trazendo esses problemas para nós. Eles estão trazendo drogas, estão trazendo crime, estão trazendo estupradores, e, alguns, presumo, são boas pessoas.”
Trump prometeu ainda banir os muçulmanos e expulsar todos os imigrantes ilegais que já estão nos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas, afirmando que aqueles que comprovarem ser “boas pessoas” serão aceitos de volta de forma legal.
Outras propostas feitas pelo republicano foram o fim do "Obamacare" (programa de saúde criado por Obama), o aumento dos impostos de empresas que deixarem o país e a ampliação dos poderes dos donos de armas que querem se defender.
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