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22/11/2016 12:45
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Mais de 68 mil iraquianos abandonaram suas casas em Mossul
ONU diz que eles precisam de assistência urgente
Força de segurança iraquianas carregam mulher desalojada que se feriu enquanto fugia do Estado Islâmico na região de Mossul, no Iraque / Foto: Thaier Al-Sudani/ Reuters
G1

Mais de 68 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas em Mossul desde o início, há cinco semanas, da grande ofensiva para reconquistar a segunda cidade do Iraque das mãos do grupo Estado Islâmico (EI), informou a ONU, segundo a France Presse


O Escritório das Nações Unidas para Ajuda Humanitária (Ocha) afirmou ainda, em um comunicado, que essas pessoas precisam de assistência urgente.


O Ocha afirmou que está cada vez mais complexo responder às necessidades humanitárias da população desde o início, em 17 de outubro, da ofensiva contra Mossul, já que as necessidades variam, segundo os diferentes grupos de civis.


A maioria das estimativas cifram em um milhão o número de civis sitiados em Mossul, mas é impossível dar uma cifra precisa depois de mais de dois anos de controle dos extremistas na região.


No início da ofensiva, autoridades temiam que um milhão ou mais de pessoas fossem forçadas a deixar a cidade, segundo a CNN. Estimativas apontam que 3,3 milhões iraquianos foram deslocados desde 2014 por causa da guerra.


Ponte é alvo de ataque


Forças dos Estados Unidos que apoiam tropas do Iraque que tentam retomar Mossul das mãos do Estado Islâmico realizaram um ataque aéreo a uma ponte que cruza o rio Tigre. Os movimentos dos militantes entre as partes leste e oeste da cidade foram restringidos, segundo relato de uma autoridade norte-americana à Reuters.

 

A força governamental Serviço de Contraterrorismo, treinada pelos EUA, está aprofundando sua incursão no leste de Mossul, a última grande cidade sob controle do grupo sunita ultrarradical no Iraque, enquanto unidades da polícia e do Exército, milícias xiitas e combatentes curdos a cercam pelo oeste, sul e norte.


Os militantes vêm recuando continuamente de áreas ao redor de Mosul e entrando na cidade, mas os avanços iniciais do Exército diminuíram à medida que os extremistas se entrincheiraram, usando os mais de um milhão de civis da localidade como escudos, movendo-se através de túneis e atingindo tropas avançadas com homens-bomba, franco-atiradores e disparos de morteiro.


Cinco pontes cruzam o rio Tigre, que atravessa Mosul. Todas elas têm minas e armadilhas explosivas instaladas pelos militantes que tomaram a cidade dois anos atrás, quando varreram o norte do Iraque e declararam um califado em partes do país e da vizinha Síria.


Apesar de tê-las minado, até agora os radicais têm conseguido usar as pontes que ainda não foram destruídas pelos ataques aéreos, de acordo com a Reuters.


O general de brigada iraquiano Yahya Rasool, porta-voz do comando de operações conjuntas dos militares, não pôde confirmar a ação aérea, mas disse que todas as pontes que cruzam o rio foram minadas pelo grupo radical.


Um mês atrás, um ataque aéreo norte-americano destruiu a ponte número dois, no centro da cidade, e uma quinzena depois outro ataque derrubou a ponte número cinco, ao norte, mas a Organização Internacional para as Migrações (OIM) expressou o temor de que a derrubada das pontes possa obstruir a retirada de civis.


A ofensiva para tomar Mossul, iniciada cinco semanas atrás, está se transformando na maior batalha da turbulenta história iraquiana desde a invasão encabeçada pelos EUA que derrubou Saddam Hussein em 2003.

 

Os militares iraquianos estimam que o número de combatentes do Estado Islâmico na cidade é de cerca de 5 mil. Diante deles está uma coalizão de cerca de 100 mil membros das forças do governo de Bagdá, combatentes curdos e unidades paramilitares xiitas.

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