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O presidente americano Barack Obama chegou nesta quarta-feira (16) a Berlim, na Alemanha, para uma reunião com a chanceler Angela Merkel. A visita conclui a etapa europeia de sua viagem de despedida.
Em sua sexta e última viagem oficial à Alemanha, Obama jantará na noite desta quarta com Merkel, sua "parceira internacional mais próxima nos últimos oito anos" e voltará a se reunir com ela na quinta-feira.
No dia seguinte, ambos participarão de um encontro com líderes de Reino Unido, e Obama também deverá ver o presidente francês, François Hollande, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
A última viagem de Obama como presidente dos EUA começou nesta terça em Atenas, na Grécia, e deve terminar no fim de semana no Peru. No país, ele vai participar do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), onde espera conversar com o presidente chinês, Xi Jinping.
Acordo de livre comércio
Obama e Merkel escreveream um artigo em conjunto que deveá ser publicado nesta sexta-feira na revista alemã "WirtschaftsWoche" em que afirmam que empregadores, empregados, consumidores e agricultores da Alemanha e dos Estados Unidos irão "sem dúvida" se beneficiar de um acordo de livre comércio sendo negociado entre a União Europeia e os EUA.
"Um acordo que conecte mais nossas economias e que capitalize regras que correspondem a nossos valores compartilhados nos ajudaria a crescer ao longo das próximas décadas e a continuar competitivos em nível global", escreveram os líderes, segundo um trecho adiantado do artigo.
Seus comentários contrastaram acentuadamente com os do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que fez dos ataques a acordos comerciais internacionais um pilar de sua campanha eleitoral, dizendo que eles tiraram empregos de seu país.
Desafiando a retórica protecionista de Trump, Merkel e Obama disseram que os EUA e a Alemanha são mais fortes se trabalharem juntos e ressaltaram que agora a cooperação é mais importante do que nunca, porque a economia global está se desenvolvendo mais rápido do que nunca e os desafios globais estão se desenvolvendo na mesma velocidade.
"Não haverá volta a um mundo pré-globalização", afirmam.
Os dois líderes acrescentaram que norte-americanos e alemães precisam aproveitar a oportunidade para moldar a maneira como a globalização acontece de acordo com seus próprios valores e ideias.
"Devemos às nossas empresas e aos nossos cidadãos – e na verdade a toda a comunidade internacional – ampliar e aprofundar nossa cooperação", afirmam.
Globalização
Em uma coletiva de imprensa em Atenas, Obama defendeu que os líderes mundiais deem mais atenção ao medo das pessoas em relação à desigualdade e ao deslocamento econômico dentro do contexto da globalização. Ele afirmou que a importância desse debate foi uma das lições que aprendeu com a corrida eleitoral americana deste ano.
"Quanto mais eficazes formos ao lidar com essas questões, menos esses medos podem se canalizar em abordagens contraproducentes, que podem colocar as pessoas contra as outras", disse.
Para Obama, a ascensão do empresário Donald Trump à Casa Branca reflete o desejo da população de "tentar algo" novo e o "temor das pessoas de que seus filhos não sejam tão bons". Ele também relacionou esse sentimento à aprovação em plebiscito britânico para sair da União Europeia.
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