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04/09/2017 09:07
Mundo
ONU diz que 87 mil refugiados rohingyas chegaram a Bangladesh em 10 dias
ONGs denunciaram violações dos direitos humanos e execuções extrajudiciais, e a ONU expressou 'profunda preocupação' pelos relatórios sobre a violência perpetrada pelas forças de segurança de Mianmar.
Refugiados atravessam a fronteira entre Mianmar e Bangladesh / (Foto: REUTERS/Mohammad Ponir Hossain)

Um total de 87.000 pessoas, em sua grande maioria refugiados rohingyas, entraram em Bangladesh desde a explosão de violência na vizinha Mianmar em 25 de agosto, informou a ONU.

 


Milhares de integrantes desta minoria muçulmana atravessaram a fronteira com Bangladesh desde o início dos combates e seguiram para os já lotados acampamentos de refugiados.

 


A violência começou após um ataque em 25 de agosto do grupo rebelde Arakan Rohingya Salvation Army (ARSA) contra quase 30 delegacias de polícia.

 


Desde então, o exército iniciou uma grande operação nesta região pobre e remota.

 


Organizações não-governamentais denunciaram violações dos direitos humanos e execuções extrajudiciais, e a ONU expressou na sexta-feira sua "profunda preocupação" pelos relatórios sobre a violência perpetrada pelas forças de segurança de Mianmar ao mesmo tempo que pediu calma para "evitar uma catástrofe humanitária".

 


Os combates, que se concentram na região noroeste do país, deixaram pelo menos 400 mortos.

 


Este novo êxodo ocorre nove meses depois que pelo menos 70 mil rohingyas fugiram da mesma zona em meio a ataques indiscriminados do Exército após outro ataque de insurgentes dessa minoria, uma campanha militar denunciada pela ONU e ONGs pelo vulnerações dos direitos humanos.

 


Malala

 


A ativista paquistanesa Malala Yousafzai questionou, em sua conta no Twitter, o fato de Mianmar não conceder cidadania à minoria rohingyas "Se não é Mianmar, onde eles viveram por gerações, então onde será sua terra natal?"

 


A jovem, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, também pediu que seu país de origem, o Paquistão, "siga o exemplo" de Bangladesh, e acolha os refugiados que buscam abrigo após fugirem da violência e do terror.

 


"O mundo está esperando, e os muçulmanos rohingya também estão".

 

Fonte: G1

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