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O Procurador Preet Bharara, de Nova York, foi demitido neste sábado (11) pelo presidente Donald Trump após se recusar a renunciar ao cargo ao qual foi nomeado pela gestão anterior, de Barack Obama.
"Não renunciei. Fui demitido há alguns instantes", anunciou o próprio Bharara em seu perfil oficial no Twitter. "Ter sido procurador em Nova York será para sempre a maior honra da minha vida profissional".
O governo Trump ordenou na sexta-feira (10) por meio do Departamento de Justiça a renúncia imediata de 46 procuradores nomeados por Obama.
A Justiça americana se divide territorialmente em 94 distritos, que contam com um procurador nomeado pelo presidente por recomendação de um senador. É tradição que os procuradores ponham seu posto à disposição do novo presidente.
Muitos dos nomeados por Obama deixaram seu cargo após a posse de Trump em 20 de janeiro. Mas 46 deles se mantiveram na ativa até agora, inclusive Preet Bharara, de Manhattan, famoso por investigações sobre corrupção e por processar mais de cem executivos de Wall Street.
A decisão, considerada abrupta pela imprensa americana, é anunciada após Trump demonstrar várias vezes irritação com constante vazamento de informações de dentro de órgãos oficiais, inclusive da Casa Branca.
Mudança de ideia
Em novembro de 2016, quando já estava eleito, Trump pediu a Bharara que continuasse no cargo, proposta que foi aceita.
Bharara se reuniu em novembro na Trump Tower com o presidente e explicou aos jornalistas o pedido para que continuasse no cargo. Segundo Bharara, o novo secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, também havia solicitado que ele seguisse como procurador do Distrito Sul de Nova York.
Por enquanto, não se sabe porque Trump e Sessions mudaram de ideia. A imprensa local especula como razão os intensos confrontos entre o governo e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, padrinho político de Bharara.
A Promotoria do Distrito Sul de Nova York é responsável por várias regiões da cidade, incluindo Manhattan. O escritório de Bharara lida com casos de terrorismo internacional, narcotráfico e fraudes nas bolsas de valores em Wall Street.
O procurador recebeu nos últimos anos muita atenção do país pela luta contra a corrupção. Vários líderes democratas de Nova York e banqueiros foram presos após ações de Bharara.
A equipe do procurador trabalhava em um caso contra um colaborador do governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, e em uma investigação sobre pessoas ligadas ao prefeito da cidade, o também democrata Bill de Blasio.
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