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29/03/2018 11:16
Mundo
Rebelião em prisão da Venezuela deixa 68 mortos, dizem autoridades
Incidente ocorreu durante tentativa de fuga. Detentos atearam fogo a colchões e tomaram a arma de um agente, segundo a ONG Janela à Liberdade. Duas mulheres que visitavam presos estão entre as vítimas.
/ Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Uma rebelião ocorrida nesta quarta-feira (28) em uma prisão na cidade de Valencia, no norte da Venezuela, deixou 68 mortos e dezenas de feridos, informou o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab.

 

 

"O Ministério Público informa à opinião pública que perante os fatos terríveis acontecidos no Comando da Polícia do Estado Carabobo, onde 68 pessoas morreram por um suposto incêndio, nomeamos quatro promotores para esclarecer esses eventos dramático", escreveu Saab no Twitter.

 

 

O que se sabe até agora sobre o incêndio que matou mais de 60 pessoas em cadeia na Venezuela. O incidente ocorreu durante uma tentativa de fuga na prisão da polícia no estado de Carabobo. Os detentos atearam fogo a colchões e tomaram a arma de um agente, informou a ONG Janela à Liberdade, que monitora a situção carcerária venezuelana.

 

 

Alguns morreram queimados e outros, intoxicados", disse Carlos Nieto, diretor da ONG.

 

 

Visitantes


O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, informou ainda, também pelo Twitter, que após "inquéritos preliminares, há 66 homens mortos e duas mulheres que estavam na qualidade de visitantes e que em todos os corpos foram realizados os respectivos protocolos de autópsia e entrega aos familiares".

 

 

Saab escreveu ainda que "o @MinpublicoVE garante que aprofundaremos as investigações para esclarecer de forma imediata estes dolorosos eventos que enlutou dezenas de famílias venezulanas. Assim como estabelecer as responsabilidades que possam surgir".

 

 


De acordo com denúncias de parentes dos detentos nos arredores da delegacia de polícia, eles morreram por asfixia e queimaduras.

 

 

"Não nos informaram nada. Peço que (as forças da ordem) não os tratem como cachorros, que não joguem gasolina neles. Não joguem chumbo (tiros) como se eles fossem cachorros", disse aos jornalistas, Lissette Mendoza, mãe do preso Yorman Salazar, de 19 anos. "Ele está preso por roubo, mas nem por isso podem tirar a vida dele como se fosse um cachorro", completou a empregada doméstica, de 35 anos.

 

 

Após o incidente, dezenas de parentes estiveram durante à tarde em frente ao comando policial aguardando algum tipo de informação, situação que se tornou violenta. Os cerca de 20 policiais que faziam a segurança do local lançaram gás lacrimogêneo, e os parentes dos detentos foram expulsos das proximidades da penitenciária.

 

 

Mais tarde, o governo de Carabobo emitiu uma nota oficial, expressando solidariedade aos familiares dos mortos e garantiu que dará apoio "com os serviços fúnebres e sepultamentos dos detentos mortos".

 

 

ONU cobra investigações

 


O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos cobrou respostas do governo venezuelano em relação ao ocorrido.

 

 

"Nós instamos as autoridades venezuelanas a realizar uma investigação imediata, completa e efetiva para estabelecer a causa das mortes, providenciar reparação às famílias das vítimas e, quando aplicável, identificar e levar os responsáveis à Justiça", diz o órgão em nota que expressa preocupação com as condições das prisões no país.

 

 

 

Fonte: G1

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