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O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (14) que a Rússia prestará a atenção devida ao desenvolvimento de seu Exército e Marinha, mas que não será arrastada para uma nova corrida armamentista com os Estados Unidos.
Putin, falando em coletiva de imprensa de final de ano, também disse que a Rússia não irá voltar atrás em seu compromisso de concluir um Tratado Estratégico de Redução de Armamentos com os Estados Unidos, apesar do que descreveu como hesitação de Washington em relação a tratados de controle de armas.
Questionado sobre Donald Trump, Putin disse que o presidente teve "conquistas significativas" em sua administração, e que há muito em comum entre EUA e Rússia - por exemplo, ambos os países enfrentam desafios no combate ao terrorismo.
A campanha de Trump é investigada por, supostamente, ter recebido apoio do Kremlin na disputa contra a candidata democrata Hillary Clinton.
Sem filiação
Putin, que já havia anunciado sua intenção de concorrer a um quarto mandato em evento transmitido pela TV, confirmou que sairá como independente nas eleições de março de 2018.
"Me tornei independente, mas acredito no apoio das forças políticas, partidos e organizações sociais que compartilham da minha posição sobre o desenvolvimento do país", disse Putin, que há uma semana anunciou sua candidatura. "E em geral espero contar com um amplo apoio popular", completou.
O presidente conta com o apoio do Rússia Unida, partido pelo qual havia sido eleito para o Kremlin em 2012 e que conta com mais da metade dos assentos da Duma, a Câmara dos Deputados do país. O político já havia concorrido, e vencido, os pleitos de 2000 e 2004 como independente.
Opositores
Putin, 65, também disse na entrevista que o sistema político russo deve ser competitivo, mas atacou seus opositores, dizendo que não há um candidato capaz de concorrer contra ele pois seus oponentes têm pouco a oferecer ao país.
Em maio, um tribunal russo confirmou a condenação de um dos principais líderes de oposição, Alexei Navalny, a cinco anos de prisão, por desvio de verbas.
Navalny assegura que o processo é um complô do Kremlin, e nega qualquer irregularidade.
Putin está no poder desde 2000, se alternando entre o cargo de presidente e de primeiro-ministro. Se for eleito novamente, ele fica no poder até 2024, quando terá 72 anos.
Fonte: G1
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