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Ahmad Khan Rahami, o suspeito de colocar vários artefatos explosivos em Nova York e Nova Jersey em setembro, afirmou nesta quinta-feira (13) em depoimento à Justiça que não é culpado pelas acusações.
Rahami, de 28 anos, foi indiciado pela procuradoria federal dos Estados Unidos por quatro crimes, entre eles uso de arma de destruição em massa e bombardeio de lugar de uso público. Também recebeu cinco acusações de tentativa de assassinato durante o tiroteio no qual foi capturado. Nascido no Afeganistão e naturalizado americano, Rahami foi gravemente ferido antes de ser preso e está internado desde 19 de setembro. Ele prestou depoimento por videoconferência.
As autoridades acreditam que o homem é quem aparece nas gravações captadas por várias câmeras de segurança tanto na rua 23 de Manhattan, no bairro de Chelsea, onde uma bomba explodiu e deixou 29 feridos, como na rua 27, onde pouco depois foi localizado outro artefato que não chegou a detonar.
Rahami foi identificado a partir de uma impressão digital e graças a um telefone celular aderido à panela de pressão com explosivos encontrada na rua 27.
Horas antes de sua detenção, a polícia encontrou perto da estação de trens de Elizabeth (Nova Jersey) uma mochila com cinco bombas de fabricação caseira, uma das quais chegou a explodir de forma acidental enquanto um robô da brigada de explosivos a estava manipulando para efetuar sua deflagração.
Denunciado pelo pai
Rahami havia sido denunciado ao FBI pelo próprio pai, preocupado com seu envolvimento com militantes.
Um agente policial dos EUA confirmou que Rahami pai se encontrou com o FBI duas vezes, a primeira dizendo estar preocupado por seu filho estar saindo com pessoas que poderiam ter conexões com militantes, mas duas semanas depois afirmando que sua verdadeira preocupação era que o filho estivesse se associando a criminosos.
Diferentes fontes da investigações citadas pelo canal de televisão "CBS News" disseram que o material achado com Rahami sugere que ele era "consumidor de múltiplas ideologias radicais de diferentes grupos terroristas".
Em um bloco de notas encontrado com ele, há referências concretas a Osama Bin Laden e ao clérigo radical Anwar al Awlaki, ex-líder da rede Al Qaeda na Península Arábica, morto em um ataque de um drone americano em 2011, segundo o mesmo canal.
No computador de Rahami também foram encontradas referências aos atentados da maratona de Boston em 2013, segundo outras fontes citadas pela "CNN", que acrescentam que o bloco de notas tem um buraco de bala, mas não está claro se foi durante o tiroteio prévio à detenção.
Para os investigadores, essas menções ao Al Awlaki e Al Qaeda sugerem que os ataques em Nova York e Nova Jersey não estiveram inspirados no grupo terrorista Estado Islâmico (EI)
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