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20/10/2017 12:30
Política
“Temer deveria se deixar investigar em vez de comprar apoio e votos”, diz Renan
“O Brasil não é a 25 de março”
/ Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O senador Renan Calheiros acusou claramente o presidente Michel Temer de comprar votos para se livras das investigações do seu envolvimento com corrupção, denunciado pela Procuradoria Geral da República. Renan discursava sobre a portaria que abre precedentes para o trabalho escravo no Brasil, quando acusou Temer de “trocar um decreto que permite o trabalho escravo por voto de uma bancada ruralista”.

 

 

Renan foi irônico e desejou ‘coragem’ ao presidente em um post na sua rede social. O senador acusou o presidente de usar a máquina pública para se livrar das investigações e relatou que tal comportamento deixará a Temer a pecha de que ele pertenceu ao comando de uma organização criminosa.

 

 

Leia post na íntegra:

 

 

“O presidente Michel Temer deveria se deixar investigar, em vez de usar a máquina pública para comprar apoio e votos. Sem investigação, sobre o nome dele, sobre o seu Governo, ficará sempre a pecha de que ele pertenceu ao comando de uma organização criminosa na Câmara dos Deputados. A melhor forma de mostrar inocência é deixar que o STF julgue. Coragem, presidente!”

 

 

O pronunciamento feito por Renan e transmitido ao vivo pela TV Senado foi editado logo em seguida e divulgado pelo próprio Senador em sua rede social. Renan escolheu alguns trechos da fala e divulgou o vídeo na internet.

 

 

 

“Eu acho que o presidente Michel Temer está complemente equivocado. Jamais um presidente da República, ao longo da nossa história, teve um pedido para ser investigado e negou. Se ele tem certeza de que a denúncia é vazia, nada mais prudente do que a liberação para a investigação, para que o Supremo Tribunal Federal diga que a denúncia é vazia.

 

 

Na semana que passou, o Supremo Tribunal Federal decidiu sobre uma denúncia vazia a meu respeito. Por que o presidente da República não pode ser investigado? No caso dele, não investigar agora significa mandar para as calendas gregas, para a impunidade. E vai ficar pairando sobre o nome dele, sobre seu governo a pecha de que ele pertenceu, no momento em que exercia a presidência da República, o comando de uma organização criminosa na Câmara dos Deputados. Mas trocar um decreto que permite o trabalho escravo por voto de uma bancada ruralista, isso é o fim! Isso é o fim! Desse troca, troca de membros dos partidos na Comissão de Constituição e Justiça pela liberação de emendas…”

 

 

Nós não podemos esconder esse debate e esse mercado persa que acontece nos bastidores do Congresso Nacional.

 

 

O presidente Michel Temer, ele não tem o direito de querer transformar o Congresso Nacional numa Rua 25 de Março, como em São Paulo, onde se vende, tudo, tudo, tudo!

 

O Brasil não é a 25 de Março.

 

Fonte: Assessoria

 

 

 

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